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Lima, Peru – Após 54 anos, o escritor peruano Mário Vargas Llosa revisitou os cenários da Amazônia de seu país, que inspiraram obras como Pantaleão e as Visitadoras, A Casa Verde e O Falador. O roteiro, que se encerrou anteontem, passou por cidades como Iquitos e a reserva natural de Pacaya Samiria – que, com cerca de dois milhões de hectares, constitui a maior reserva peruana.

Na companhia de sua mulher, Patrícia Llosa, e um grupo de amigos espanhóis, peruanos e bolivianos, o consagrado escritor percorreu em um típico barco de madeira parte do Rio Amazonas. "Tivemos muita sorte porque o tempo esteve ótimo, com um sol radiante todos os dias. Fizemos passeios, tomamos banhos em lagos e rios paradisíacos", comentou com os jornalistas de Iquitos.

Vargas Llosa não descartou a possibilidade de voltar a retratar a Amazônia em seus livros, sobre a qual disse: "é um mundo virginal absolutamente fantástico; há poucos lugares virgens no mundo para se visitar com um potencial extraordinário como este".

A Amazônia se estende por nove países da América do Sul, detendo as maiores reservas de água doce e biodiversidade do mundo. Somente os territórios do Brasil e Peru representam 81% deste ecossistema.

O escritor

Vargas Llosa é formado em Letras e Direito pela Universidade de São Marcos do Sul, em Lima, além de Doutor em Filosofia e Letras pela Universidade de Madrid. Sua primeira publicação foi o livro de contos Os Chefes, em 1958 , mas sua carreira de fato começa com o romance Batismo de Fogo – com versões em mais de 20 idiomas e vencedor de importantes prêmios, como o Prêmio Biblioteca Breve da Editora Seix Barral e o Prêmio da Crítica de 1963. Em 1981 publica A Guerra do Fim do Mundo que, dedicado a Euclides Cunha (Os Sertões), trata da Guerra de Canudos. Sua obra mais recente, publicada em 2006, é Travessuras da Menina Má, um romance que conta a história de uma paixão arrebatadora, ao mesmo tempo que traça um panorama de transformações sociais e políticas ocorridas na Europa e América Latina – muitas delas vividas por ele. Além de ficção, Vargas Llosa é autor de ensaios e peças de Teatro totalizando 34 títulos.

Vargas Llosa tem também uma veia política, defendendo um economia liberal, baseada na diminuição dos poderes do Estado. Em 1990 foi candidato à Presidência do Peru, à frente do Movimento Liberdade, mas acabou sendo derrotado no segundo turno.

Suas principais experiências como escritor e candidato presidencial podem ser encontradas na auto-biografia Peixe na Água, publicada em 1991.

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