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Vídeo:| Foto: RPC TV

Há pouco mais de três anos, uma jovem curitibana magrinha e com cara de boneca integrava uma trupe artística de São Paulo, o Cine In Show, trabalhando num bar onde todos serviam, cantavam e dançavam sobre as mesas. Um belo dia, a moça fez um teste para a oficina de atores da TV Globo. Em abril de 2007, a jovem curitibana Marjorie Estiano, agora reconhecida nacionalmente, já deixou Malhação, no papel da roqueira Natasha, já fez sua primeira novela das 8, umas das mais complicadas para o elenco, "Páginas da Vida", e foi escolhida a revelação do programa pelo diretor, Jaime Monjardim. No meio disso tudo, gravou um CD e um DVD e tornou-se a menina de ouro de uma gravadora multinacional. "Sou iniciante nas duas coisas", tenta enganar Marjorie, aos 25 anos, refeita da maratona das gravações da novela e de seu segundo disco, previsto para ser lançado no início de maio. "Meu Natal, com a família, em Curitiba, foi em março, depois que acabaram os compromissos no Projac e no estúdio", comentou.

Assim como ela deixou de ser a rebelde Natasha de Malhação para viver a Marina de "Páginas da Vida", a música de Marjorie também amadureceu, segundo ela. "O repertório do meu primeiro disco vinha diretamente da Vagabanda, da qual eu fazia parte em Malhação", lembra ela, que gravou uma fita por insistência dos compositores e produtores musicais da novelinha, Alexandre Castilho e Victor Pozas, e acabou se lançando como cantora em uma parceria das gravadoras Som Livre e Universal. "Agora, pude gravar músicas que têm mais a ver comigo, um pop menos adolescente. Os parceiros são os mesmos, adaptando as canções aos desejos da estrelinha. Eu sou meio difícil de me satisfazer", confessa ela, com o sorriso doce de sempre. "Durante a turnê, desenvolvemos algumas idéias: eles iam compondo, eu dava palpites, pegava alguns trechos e aproveitava, outros jogava fora. Ao todo acho que foram compostas umas 50 músicas para retirarmos as 14 do disco."

"Sei que corro o risco de não ser mais tão bem recebida pelo público adolescente, como foi no outro disco", diz ela, do alto de seus 200 mil CDs e 30 mil DVDs vendidos. "Aliás, o CD só existiu graças a eles, que baixaram mais de 1 milhão de vezes as faixas que eram tiradas da TV e jogadas na internet. Mas é um novo momento. Acho que, mesmo que o CD não venda tão bem, devo apostar."

Sendo assim, ela gravou "Oh! Darling", dos Beatles, um blues quase gospel, além de "Branquela Nagô" (em que brinca com a alvura de sua pele, em contraste com a pigmentação da voz) e a sacudida "Alucinados", com participação do rapper cubano René Ferrer. E ainda conseguiu uma parceria com Rita Lee, que escreveu a letra de "Tatuagem". "Os meninos fizeram a música, e eu resolvi pedir a letra para a Rita, que sempre idolatrei", conta Marjorie. "Ela me conhecia da novela e gostou da música, mas avisou que a letra não sairia de um dia para o outro. Estávamos prontos para esperar eternamente, e, de repente, em duas semanas chegou. É uma das minhas músicas favoritas no CD. O plano agora é ensaiar o novo show e divulgar o disco. Se a Rede Globo deixar. No momento não estou em nenhum projeto da Globo, mas sou contratada. Se me chamarem, vou ter de conciliar as agendas."

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