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Em entrevista coletiva na manhã de hoje, na Feira do Livro de Frankfurt, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse ter sentido falta do aspecto "literário e mágico" do Brasil no discurso de abertura do escritor Luiz Ruffato e elogiou a fala do vice-presidente do Brasil, Michel Temer, vaiada por parte do público. Os dois discursos foram realizados na noite de ontem, na cerimônia que abriu o maior evento editorial do mundo. Ruffato quebrou o protocolo e foi muito aplaudido ao apontar, em auditório para mais de 2.000 pessoas, num evento que celebrava o país, as mazelas brasileiras de 1.500 aos dias de hoje. Marta disse não ter achado inconveniente, mas que "faltou mostrar uma parte do país que transcende isso". "O Brasil hoje tem programas sociais extraordinários e o autor escolheu fazer uma reflexão por outro ângulo, o que lhe é de direito", disse. A ministra argumentou que Michel Temer, que exaltou feitos próprios na política, como membro da constituinte que originou a Constituição de 1988, e na literatura durante seu discurso, "se saiu muito bem, captou o que estava acontecendo e falou de improviso". O vice-presidente tinha um discurso pronta, que foi impresso e distribuído ao final do evento, mas não o leu. "Temer respondeu o que foi colocado [por Ruffato]. Aliás, não, desculpa, não foi uma resposta, ele colocou as coisas de forma diferente do que foi colocado, falando da democracia do nosso país, que permite, num fórum internacional, alguém falar coisas duras como Ruffato falou. Isso é a expressão da liberdade democrática da nossa Constituição", disse Marta, que foi chamada por Temer de "ministra da Educação" durante a fala. Marta disse que as vaias recebidas por Temer foram poucas e só de um grupo, que "provavelmente concordava que um evento como esse é o fórum para esse tipo de colocação [de Ruffato]".

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