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No Dia de Finados, uma capela azul no Cemitério Municipal de Curitiba atrai filas quilométricas de fiéis. Muitos viajam de longe para trazer placas de agradecimento ou pedir à habitante do túmulo que interceda em seus problemas de amor, alcoolismo, desemprego, e tantos outros.

A "santa" em questão não foi canonizada pela Igreja – a única santa brasileira oficial, por enquanto, é Madre Paulina – , mas é adorada pelos crentes, que desde a sua morte, em 29 de janeiro de 1893, adotaram-na como "milagreira".

Seu nome é Maria Bueno, lavadeira ou prostituta (há inúmeras controvérsias nos relatos sobre a sua história) de beleza ímpar, brutalmente assassinada por um soldado. Os autos do crime desapareceram, mas sabe-se que teria sido absolvido. A cena do crime, um matagal onde hoje é a Rua Vicente Machado, transformou-se rapidamente em local de peregrinação – Maria Bueno foi inicialmente enterrada ali, em uma cova rasa. Mais tarde, o corpo seria transferido para o Cemitério Municipal onde, na década de 60, Arnaldo Azevedo, ex-campeão sul-americano de tênis e criador da Irmandade Maria Bueno, construiu a capela azul que até hoje guarda os restos mortais.

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