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"Apocalypto", o primeiro filme de Mel Gibson desde "A Paixão de Cristo" e de suas declarações anti-semitas, liderou as bilheterias do cinema norte-americano em seu primeiro fim de semana em cartaz, faturando 14,2 milhões de dólares, disse a distribuidora Walt Disney.

A quantia é modesta se comparada aos 84 milhões de dólares que "A Paixão de Cristo" rendeu em 2004. Também foi o menor montante para um líder de bilheteria desde o fim de semana de 8 a 10 de setembro, que é tradicionalmente fraco e em que o filme de terror "O Pacto", de baixo orçamento, arrecadou 8,9 milhões de dólares.

Três outros novos filmes competiram pelo público, numa época em que muitos espectadores estão mais preocupados com as compras de Natal. A arrecadação total do fim de semana foi radicalmente menor que no ano passado, em que "As Crônicas de Nárnia" estreou faturando 66 milhões de dólares.

A comédia romântica "O Amor não Tira Férias" ficou em segundo lugar com uma renda respeitável de 13,5 milhões de dólares. Como era de esperar, o filme, que conta com as participações de Kate Winslet e Cameron Diaz, teve uma audiência principalmente feminina (65 por cento) e mais velha (57 por cento dos espectadores com mais de 25 anos de idade).

O terceiro lugar ficou com o infantil "Happy Feet: O Pinguim", que tinha ocupado a liderança nos três fins de semana anteriores. Com os 12,7 milhões de dólares arrecadados, o filme já soma 137,7 milhões de dólares em faturamento.

"007 Cassino Royale", da Sony, caiu duas posições e ficou em quarto lugar. Nos quatro fins de semana em cartaz, o filme faturou 128,9 milhões de dólares.

O drama de ação com Leonardo DiCaprio "Diamante de Sangue" estreou num decepcionante quinto lugar, com 8,5 milhões de dólares. A trama mostra um mercenário que procura um raro diamante cor de rosa escondido por um pescador, em meio à guerra civil de Serra Leoa.

"Apocalypto", também produzido e co-escrito por Mel Gibson, se passa numa civilização maia e conta a história da luta de um homem para fugir do destino de ser vítima de um sacrifício humano.

Como é um filme muito violento, de classificação restrita e com legendas, pois é falado num dialeto maia, "Apocalypto" era uma incógnita para os analistas de Hollywood. A reputação anti-semita de Gibson, que acusou os judeus de serem os responsáveis pelas guerras do mundo, após ser surpreendido dirigindo embriagado em Malibu, dificultou mais ainda as previsões sobre o sucesso do filme.

As resenhas elogiaram "Apocalypto" pelo seu visual, apesar da presença excessiva de sangue. Não é de surpreender, portanto, que 60 por cento da audiência tenha sido composta de homens, segundo a Disney.

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