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Terceira indicação de Michelle ao Oscar é tida como certa | Divulgação
Terceira indicação de Michelle ao Oscar é tida como certa| Foto: Divulgação

Cinebiografias que acompanham a vida de seus protagonistas do berço ao túmulo costumam ser problemáticas: não dão conta da multiplicidade de experiências que compõem a vida do personagem, e quase sempre resultam em narrativas superficiais e redutoras. Assim, recortes temporais, que abrangem um período específico na trajetória do biografado permitem um olhar mais profundo. Essa é a opção de My Week with Marilyn, filme de Simon Curtis, da premiada minissérie inglesa Cranford, que estreia no início de novembro nos Estados Unidos.

O filme enfoca um momento bastante particular – e breve – na vida da estrela Marilyn Monroe, vivida por Michelle Williams, duas vezes indicada ao Oscar: como coadjuvante, em O Segredo de Brokeback Mountain (2005), e pelo papel principal de Namorados para Sempre (2010). Recém-casada com o dramaturgo Arthur Miller (Dougray Scott, de Missão Impossível 2), Marilyn foi, durante o verão de 1956, para a Inglaterra, rodar O Príncipe Encantado, comédia romântica com toques de conto de fada dirigido e estrelado por Laurence Olivier (Kenneth Branagh, de Henrique V).

Quando Miller, que a acompanhou até Londres em viagem de lua de mel, retorna aos Estados Unidos, a atriz enfrenta seus fantasmas pessoais, como a baixa autoestima e a dependência de remédios, enquanto tenta lidar com o temperamento autoritário e instável de Olivier, grande nome do cinema e do teatro britânicos da época. Para relaxar, ela acaba dando escapadelas em companhia de Colin Clark (Eddie Redmayne, da minissérie Os Pilares da Terra), integrante da equipe do diretor, que ao longo de uma semana a apresenta à vida bucólica no interior da Inglaterra e com quem a estrela acaba vivendo um breve idílio.

Atuação elogiada

Se o filme vem dividindo as opiniões da crítica, o desempenho de Michelle Williams, um dos grandes talentos de sua geração, é uma unanimidade e sua terceira indicação ao Oscar é tida como praticamente certa. Para Ronnie Scheib, crítico da Variety, a sua interpretação, que ele descreve como "cheia de camadas", é a razão de existência do filme. Já no site The Hollywood Reporter, o crítico David Rooney, embora diga que o filme não vai muito além do trivial – mesmo com bons momentos e cuidadosa reconstituição de época –, ressalta que Michelle brilha ao ir muito além de simplesmente encarnar Marilyn: "Interpretando tanto a mulher insegura e cheia de traumas quanto sua faceta de celebridade sensual, sem falar do personagem com o qual Marlyn se digladiou em um complicado processo de filmagem, Williams nos coloca em contato íntimo com um dos mais duradouros e trágicos ícones de Hollywood".

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