Mika não tem medo do pop. O disco “No Place in Heaven”, o quarto do artista meio libanês e meio americano é uma compilação de clichês que, em seu caso, mais acrescentam do que a deturpam. Ele emula Freddie Mercury (“All She Wants”), passeia por Jackson 5 (“Oh Girl, You’re The Devil”), e presta homenagem a alguns de seus ídolos (Warhol, Rimbaud, Bowie...) em “Good Guys”. A diferença em relação a “Life in Cartoon Motion” (2007), ótimo disco que o projetou, está principalmente nas letras. Há algo de confessional e de íntimo ao invés de frases sobre pirulitos e amor universal. “Não há lugar no céu para alguém como eu”, canta ele na música título do álbum.
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