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Apesar da seqüência de créditos iniciais com ilustrações ao estilo de história em quadrinhos, "Ultravioleta" não se inspirou em nenhuma HQ mas, acredite se quiser, no filme "Gloria", de John Cassavetes.

Essa história futurista fala sobre uma mulher mutante abençoada com poderes sobrenaturais, que tenta proteger um menino de assassinos. O longa, que estréia nesta sexta-feira, é o trabalho mais recente a ser inscrito no gênero "este filme é tão ruim que não vamos exibi-lo para a crítica". Como costuma acontecer nesses casos, a bilheteria na estréia deve ser grande, mas com certeza cair vertiginosamente nos dias seguintes.

Milla Jovovich - que graças a "O Quinto Elemento" e série "Resident Evil" virou uma das atrizes mais procuradas pelos criadores de filmes de ficção-científica - faz aqui o papel de Violet. A personagem alia uma habilidade incomum com armas de todos os tipos a acrobacias e impressionantes proezas de artes marciais. Os fãs do gênero só terão que esperar alguns minutos para vê-la receber a ordem que sem dúvida alegrará seus corações: "Remova toda a sua roupa e entre no scanner".

Violet faz parte de uma raça de seres geneticamente modificados que está destinada a ser exterminada pelos humanos, que são maioria. Ao mesmo tempo em que tenta proteger um garoto de 10 anos chamado "Six" (Cameron Bright), ela é perseguida pelo vilão Daxus (Nick Chinlund) e seus asseclas. Sabemos que Daxus é mau por sua roupa preta e justa e pelos piercings que ostenta no nariz. Auxiliada por Garth (William Fichtner), outro mutante simpático, Violet dá início a sua fuga, na qual tem que travar diversas batalhas com malfeitores variados.

A história não passa de desculpa para uma série aparentemente interminável de cenas de ação ultra violentas, nas quais a personagem-título enfrenta todo tipo de adversário. Várias dessas cenas, como um tiroteio sobre um telhado e uma luta de espadas altamente coreografada, devem muito a "Matrix" e "Kill Bill". Outras são mais ridículas, como uma em que Violet faz uso mortífero dos dreadlocks de seu inimigo, sem falar numa luta de espadas em chamas que mais parece algo saído do repertório do Cirque du Soleil.

Por sorte, o filme não é longo demais, de modo que apenas a ameaça da inevitável seqüência prejudica o alívio que sentimos quando ele chega ao fim.

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