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Políticas Públicas

MIS está pronto, mas de portas fechadas

Migração do acervo e início das atividades na sede original do museu, totalmente restaurado, ainda depende de orçamento

Nova fachada do museu, agora restaurada. Prédio  é de 1890. | Fotos: Hugo Harada / Gazeta do Povo
Nova fachada do museu, agora restaurada. Prédio é de 1890. (Foto: Fotos: Hugo Harada / Gazeta do Povo)

Quem entrava no prédio do Museu da Imagem e do Som do Paraná, na Rua Barão do Rio Branco, 395, há dois anos, tinha a impressão de que seria quase impossível restaurar o imóvel, construído em 1890 e tombado na década de 1970. O fechamento do espaço por 10 anos causou sérias deteriorações em toda a estrutura física e nas pinturas originais do local, conhecido como Palácio da Liberdade, que serviu como sede do governo paranaense de 1892 a 1938. A reforma foi finalizada e entregue no fim do ano passado. Mas o MIS depende de orçamento para migrar o seu acervo, e finalmente abrir as portas para o público.

Com o espaço físico praticamente pronto (faltam pequenos ajustes, como colocação de algumas luminárias e nova vistoria do Corpo de Bombeiros), ainda não há uma data certa de quando o museu começa a sua mudança. Nesse período, o acervo, que conta com cerca de 1 milhão de itens, foi acomodado e disponibilizado para consulta no bairro Santa Cândida, no antigo complexo Banestado. De acordo com a Secretaria de Estado da Cultura (Seec), tudo depende da questão orçamentária, mas a intenção é de que o museu volte abrir as portas para o público neste ano.

A reabertura da sede central vai facilitar a vida de pesquisadores que procuram materiais no MIS. Além disso, um museu em funcionamento, com atrações para o público como exposições e mostra de filmes, pode contribuir para movimentar uma área problemática do Centro da cidade.

No edifício, haverá salas expositivas, miniauditório, biblioteca e salas para o acervo. Esses espaços, aliás, tiveram o chão reforçado para receber os pesados armários do MIS. Há várias pinturas originais que foram restauradas (uma delas está com problemas de umidade na parede, e um novo projeto de recuperação com tratamento químico está em andamento), vitrais e uma luminária da década de 1890. A reforma, de R$ 1,75 milhão, seguiu todas as diretrizes necessárias do patrimônio, por conta do tombamento.

Museu da Imagem e do Som retorna ao Palácio da Liberdade

O diretor do Museu, Fernando Severo, conta sobre como vai ser a nova instalação do MIS e o que a população pode encontrar no Museu.

+ VÍDEOS

Do projeto, a única mudança foi o fato de o MIS não poder ter um café. De acordo com o diretor do museu, Fernando Severo, uma lei estadual proíbe a comercialização de produtos em espaço públicos, e o local é ligado diretamente à Seec (diferente do Museu Oscar Niemeyer, que funciona como uma Organização Social). A restauração também conseguiu resgatar uma característica original do prédio, projetada pelo italiano Ernesto Gaita: antes do tombamento, um espaço foi construído e descaracterizou a fachada do canto direito, que foi demolida, retomando a simetria. Ainda é necessária a construção de mais um anexo nos fundos do prédio para o acervo, e um auditório com capacidade maior. Segundo Severo, já existe um projeto pronto para o local. Porém, sem verba prevista.

Associação

Novidade que pode ajudar o MIS a alcançar recursos para projetos é a formação da Associação dos Amigos do Museu da Imagem e do Som. Com isso, a associação pode se inscrever em projetos de lei, como a Rouanet, e colaborar para fomentar atividades no espaço.

Totalmente restaurado, reforma do MIS conseguiu resgatar a simetria da fachada original do prédio, de 1890. | Hugo Harada/Gazeta do Povo

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Totalmente restaurado, reforma do MIS conseguiu resgatar a simetria da fachada original do prédio, de 1890.

Depois de uma década fechado, prédio começou obras emergenciais em 2013 . | Henry Milléo / Gazeta do Povo

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Depois de uma década fechado, prédio começou obras emergenciais em 2013 .

Sem uso, prédio sofreu várias deteriorações em sua estrutura física. | Henry Milléo / Gazeta do Povo

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Sem uso, prédio sofreu várias deteriorações em sua estrutura física.

Um dos salões principais do MIS, após a restauração. | Hugo Harada/Gazeta do Povo

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Um dos salões principais do MIS, após a restauração.

Obra seguiu todas as diretrizes necessárias do patrimônio histórico; prédio é tombado desde a década de 1970. | Hugo Harada/Gazeta do Povo

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Obra seguiu todas as diretrizes necessárias do patrimônio histórico; prédio é tombado desde a década de 1970.

O diretor do MIS, Fernando Severo, quer reaproximar a comunidade cinematográfica do museu. | Hugo Harada/Gazeta do Povo

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O diretor do MIS, Fernando Severo, quer reaproximar a comunidade cinematográfica do museu.

Painel de Poty Lazzarotto, no pátio do MIS: artista fez a obra especialmente para o lugar em 1990. | Hugo Harada/Gazeta do Povo

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Painel de Poty Lazzarotto, no pátio do MIS: artista fez a obra especialmente para o lugar em 1990.

Pinturas originais do prédio também foram restauradas. | Hugo Harada/Gazeta do Povo

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Pinturas originais do prédio também foram restauradas.

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