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Los Angeles (AE) – As filmagens de O Código da Vinci acabam de começar e o silêncio é absoluto, mas o filme já está na boca de todos graças à polêmica levantada pelo livro que o inspirou, o qual já vendeu 30 milhões de exemplares no mundo todo.

Trata-se de um dos maiores sucessos de vendas da literatura contemporânea e, sem dúvida, a maior adaptação literária para o cinema desde Harry Potter. Mas, para muitos, a obra do romancista Dan Brown é uma blasfêmia, com uma trama de intriga que esconde as chaves que supostamente confirmam que Jesus teve um filho com Maria Madalena.

"As pessoas sempre estão interessadas nas histórias de mistério, mas quando se trata de algo que tem tal influência em nossas vidas, como a Igreja Católica, transforma-se em algo sensacional", resumiu o ator Ian McKellen no começo da rodagem. O astro britânico é um dos poucos que abriram a boca para defender uma produção protagonizada por Tom Hanks, dirigida por Ron Howard e tão esperada como crucificada a quase um ano de sua estréia.

Segundo confirmou o jornal The New York Times, os estúdios Sony levantaram um muro de silêncio em torno do filme. "Proibiu-se o acesso a qualquer pessoa de fora das filmagens e os que estão relacionados ao filme têm que assinar acordos de confidencialidade", afirma a publicação. Até Howard se recusou a falar sobre a produção quando apresentou à imprensa sua última estréia, A Luta pela Esperança, que estréia no Brasil dia 9 de setembro. Sua resposta preferida à curiosidade da imprensa internacional foi sempre "Não penso em falar de O Código da Vinci".

No entanto, no começo das filmagens, o diretor deu novas pistas sobre o filme, que tem trailer em cinemas e na internet (www.sonypictures.com/movies/thedavincicode). "Estamos utilizando o romance como a base de nosso filme. Será uma adaptação, mas não uma reinvenção", disse o diretor à imprensa. As declarações do cardeal italiano Tarciso Bertone convocando um boicote do livro por blasfêmia se uniu no começo do mês à recusa da abadia anglicana de Westminster, em Londres, de servir de cenário para a produção.

Além disso, a chegada de Hanks às filmagens há uma semana, quando estas começaram na também catedral britânica de Lincoln, foi recebida com protestos liderados pela irmã Mary Michael, de 61 anos, contra o que considera ataques à Igreja Católica. "Para qualquer fiel, isto é uma blasfêmia", disse a religiosa à imprensa.

Aos olhos de Hollywood, mais do que uma blasfêmia, O Código da Vinci é um negócio de grandes proporções, uma história que captou a atenção do produtor Brian Grazer como uma possível trama para a terceira temporada da popular série de ação 24 Horas. Isto foi antes de o romance de Brown estourar, mas o autor, ciente do que tinha nas mãos, negou-se a ceder os direitos para a TV.

A espera foi recompensada com um cheque de US$ 6 milhões dos estúdios Sony para ficar com os direitos de um filme que Grazer acabaria produzindo. A estréia nos EUA está marcada para 19 de maio de 2006.

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