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Sandmann (o segundo, da dir. à esq.) junto com o grupo ZiriGdansk | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Sandmann (o segundo, da dir. à esq.) junto com o grupo ZiriGdansk| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Serviço

ZiriGdansk – Lançamento do disco No Silêncio da Canção

Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. Amanhã, às 16h30 e às 20 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). O CD estará à venda no local por R$ 25.

Ao trazer no nome o ziriguidum da música brasileira e a sonoridade polaca do topônimo Gdańsk, o grupo curitibano ZiriGdansk carrega uma brincadeira com a condição paradoxal do gingado por estas terras frias. Mas também manifesta de antemão um desejo pela música mestiça que o octeto pretende mostrar amanhã, em duas apresentações no Teatro do Paiol. O grupo lança seu primeiro disco, No Silêncio da Canção, com um repertório inteiramente dedicado a composições do poeta, compositor e professor de Literatura da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Marcelo Sandmann.

"Deve ser uma apresentação quente", promete Miguel Zattar, responsável por uma das guitarras e vocais da banda, que também traz Silvia Contursi (voz), Maria Carolina Zattar (voz), Miguel Porfírio (guitarra e voz), Armando Figueroa (teclados e percussão), Gabriel Rocha (baixo) e Ricardo Fadel (bateria e percussão), além do próprio Sandmann, que gravou voz em "Não Chega", uma das canções do CD.

"Nossa base é a música brasileira, que aparece muito forte, mas tem o jazz, a latinidade do Armando [Figueroa, que é cubano], e o rock – desde o progressivo até o mais cru", analisa Zattar. "É um caldeirão", descreve o músico, para quem a definição mais simpática para o som do grupo é "MPB experimental".

A concepção sonora do trabalho, que tem assinatura do produtor Paulo Brandão, se forma a partir de referências contrastantes dos integrantes do ZiriGdansk e das composições de Sandmann, a maioria delas com parceiros como Benito Rodriguez.

"A ideia foi privilegiar a diversidade do material e aquilo que poderia ter melhor rendimento na formatação do grupo", explica Sandmann. "São músicas compostas ao longo dos anos, desde 1998, mais ou menos, até o momento em que o grupo resolveu definir o repertório para o disco, coisa de uns dois anos atrás. Algumas são anteriores, portanto, à própria formação do grupo", conta o compositor, responsável pelo batismo da banda.

"O nome tinha um pouco a ver com a mistura de influências absorvidas, o desejo de fazer uma música miscigenada, sem preconceitos de origem. Depois, fomos vendo que o próprio material que eu ia produzindo ou já havia produzido, também transitava por vários lugares, misturando referências que a princípio pareceriam muito distantes", explica Sandmann, para quem ainda faz sentido se falar em mistura de gêneros diante dos rótulos usados pelo mercado.

"Fazer um baião com elementos de rock progressivo, por exemplo, ou um samba psicodélico, antes de parecer ecletismo, tem algo de provocador em relação ao senso comum e ao lugar onde essas coisas deveriam estar", argumenta.

Sandmann explica que aproveita sua experiência de leitor e poeta em suas letras, mas que tratam-se de campos de realização diferentes. "Nunca musico poemas meus, eles em geral vão parar nos meus livros", conta. "Tenho investido bastante energia no trabalho de composição musical. Sou ouvinte de todo tipo de música e gosto de utilizar esses elementos na música que faço, da maneira mais aberta possível."

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