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Meryl Streep vive uma única bruxa que assombra várias histórias | Divulgação
Meryl Streep vive uma única bruxa que assombra várias histórias| Foto: Divulgação

Cinema

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A melhor parte de Caminhos da Floresta é seu argumento e texto, mérito não do filme mas do musical da Broadway que lhe deu origem. O ano era 1987, muito antes de Shrek (2001) soltar uma bomba de ironia no mundo dos contos de fada, satirizando seus clichês.

O filme reúne as histórias de Cinderela, Rapunzel, João e o Pé de Feijão e Chapeuzinho Vermelho. A sacada é unificar as tramas, com uma só bruxa (Meryl Streep, indicada ao Oscar como atriz coadjuvante), uma só Lua, e príncipes encantados irmãos. Quando os prometidos de Cinderela e Rapunzel se encontram, fazem uma ode a seu narcisismo numa cachoeira, competindo por quem mostra mais músculos.

Outra boa cena mostra Cinderela (Anna Kendrick) e a mulher do padeiro (Emily Blunt) conversando como adolescentes de seriado americano – a gata borralheira chega a se deitar nas escadas do castelo olhando o teto de estrelas para decidir se deve fugir ou não do príncipe.

Por outro lado, o aspecto visual do filme não faz jus ao encantamento de que a trama fala. Com exceções como o figurino de Chapeuzinho e do Lobo (participação especial de Johnny Depp), o longa passa sem maiores surpresas para os olhos. Pior, em se tratando de um musical, é que a maior parte das canções é cansativa. No final, acabam pregando as enfadonhas lições de moral que Shrek havia ensinado a evitar.

Já a última tomada arrepia ao falar no perigo de se lançar feitiços: eles são as coisas que a gente diz. E as crianças estão escutando.

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