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Modigliani – Imagens de uma Vida

Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999), (41) 3350-4400.

Dia 26, às 19h. 3ª a dom., das 10h às 18h. R$ 4 e R$ 2. Até 30 de setembro.

No mesmo dia, o curador brasileiro Olívio Guedes lança livro da exposição, que estará à venda por R$ 80.

Depois de passar por Vitória (ES), Rio de Janeiro e pelo Museu de Arte de São Pau­­lo (Masp), Curitiba recebe no próximo dia 26 a mostra Modigliani – Imagens de uma Vida, no Museu Oscar Niemeyer (MON), viabilizada pelo Museu a Céu Aberto (MCA), em parceria com o Modigliani Institut. A exposição, que tem obras nunca expostas antes na América Latina, conta com 12 pinturas e cinco esculturas originais do artista italiano.

A capital paranaense, por pouco, não ficou de fora da rota por conta de questões financeiras: o orçamento previsto, de R$ 5 milhões foi reduzido para R$ 3,5 milhões. Por causa disso, a equipe responsável pela vinda dos trabalhos ao Brasil precisou trabalhar de forma mais enxuta.

"No Brasil existe um eixo cultural restrito, que é onde tem dinheiro e apoios. Gostaria de fazer em vários estados, mas é inviável. Depois de Curitiba, conforme o andamento, talvez se consiga ir para Brasília, mas dificilmente cidades como Porto Alegre receberão a exposição", explica o curador no Brasil, Olívio Guedes, que divide a tarefa com o presidente do instituto do artista, Christian Parisot. No MON, além dos originais, como os quadros Jeune Femme e o famoso Grand Nu Allongué (Céline Howard) a previsão é que a exposição fique com um total de 60 obras em média, entre réplicas de esculturas, documentos, desenhos, fotografias, manuscritos, e trabalhos de amigos do artista, como desenhos de Pablo Picasso.

Além de dividir a mostra de maneira cronológica, o curador buscou colocar alguns elementos bastante pessoais sobre Modigliani. Guedes conta que o pintor, por exemplo, era cabalista. "Temos uma linha do tempo que começa em Livorno (Itália), em 1884, na Rua Roma, onde ele nasceu às 9 horas da manhã", conta o curador brasileiro. Na primeira parte, são retratados os 22 anos em que o pintor viveu na Itália, depois, vem os outros 14 passados em Paris. "Fica muito simplista apresentar somente a obra pela obra. E a mostra vai apresentar tudo o que a família deu a ele, quem foram os seus mestres. Um artista não existe por si só."

A influência da família na formação do que seria Modigliani foi fundamental: os problemas pulmonares de nascimento fizeram com que ele não conseguisse ir à escola, e foi a mãe e o avô – um judeu profundo conhecedor da arte e da cabala – responsáveis pela educação do menino. Modigliani acabou aprendendo vários idiomas, como o francês e o inglês, porque sua mãe lecionava para ajudar no sustento da casa, apesar de a família não ser de origem humilde. "Essa questão social em volta dele é extremamente importante para o entendimento da obra", salienta Guedes.

Movimento

Durante toda a vida, em especial no período vivido na França, Modigliani bebeu de várias fontes e correntes da arte, desde o gótico e renascentista até o cubismo. No entanto, não é possível enquadrá-lo em nenhum movimento ou vertente artística, e Olívio Guedes prefere chamar o artista de "reducionista". "Podemos definir ele como um pintor que compreendeu o complexo da arte e chegou ao simples." Isso é percebido, frisa ele, na quantidade reduzida de traços e na paleta de cores, que era diversa, mas tinha sempre tons leves. "Ele sabe retratar em poucos riscos e poucas pinceladas o humano como ele via. Dava para a obra o que ele desejava: alma."

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