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No total, 59 obras estarão na mostra. Além de quadros e desenhos de Modigliani, há trabalhos de artistas que conviveram com o italiano | Antônio More/Gazeta do Povo
No total, 59 obras estarão na mostra. Além de quadros e desenhos de Modigliani, há trabalhos de artistas que conviveram com o italiano| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Serviço

Modigliani, Imagens de uma Vida

Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico), (41) 3350-4400. Hoje, às 19 horas. Entrada franca na abertura. De 3ª a dom., das 10 às 18 horas. R$ 4 e R$ 2 (meia-entrada). Até 30 de setembro.

R$ 3,5 milhões

Foi o orçamento necessário para trazer ao Brasil a exposição Modigliani, Imagens de uma Vida.

  • Grande Figura Nua Deitada – Celine Howard é inspecionada pela equipe do MON
  • Esculturas em bronze também foram selecionadas pela curadoria
  • Obra
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  • Mostra vai até dia 30 de setembro
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  • Montagem da exposição no MON
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  • Exposição reúne quadros e pinturas de Modigliani

Desde o ano passado, a exposição Modigliani – Imagens de uma Vida, que chega hoje a Curitiba, está itinerando pelo país, ação que integrou as comemorações do ano da Itália no Brasil. Porém, um dia antes de encerrar a temporada no Museu de Arte de São Paulo (Masp), no último dia 15, uma polêmica cercou a mostra: a obra mais famosa exibida, Grande Figura Nua Deitada – Celine Howard, já teve a sua veracidade questionada. O quadro integra a montagem curitibana, que traz, no total, 59 trabalhos, entre desenhos, esculturas em bronze, pinturas e quadros de outros artistas que conviveram com Modigliani no início do século 20.

FOTOS: Confira mais fotos da exposição

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, em 2009, a tela, então exposta em Bonn, na Alemanha, teria um pigmento não usado em pinturas naquela época, fato detectado depois de uma análise. De acordo com a assessoria de imprensa do Museu a Céu Aberto (MCA), que trouxe a exposição ao Brasil em parceria com o Modigliani Institut, a obra é verdadeira. A diretora do Museu Oscar Niemeyer (MON), Estela Sandrini, explica que, assim que souberam do fato, pediram toda a documentação que comprova a autenticidade do quadro para dar continuidade ao projeto, solicitação que foi atendida pelo MCA e pelo instituto. "Ela [a obra] veio com as declarações necessárias e também com um raio-x, que ainda não sabemos se serão expostas junto ao quadro."

O presidente do Modi­gliani Institut, Chris­tian Parisot, que divide a curadoria com Olívio Guedes, da MCA, foi condenado em 2008 pela justiça francesa, de acordo com a reportagem da Folha, por exibir falsos desenhos da mulher de Modigliani, Jeanne Hébuterne. A MCA respondeu que "não houve condenação e sim um acordo envolvendo um diário de Jeanne que foi mal restaurado, portanto não houve condenação." O Museu a Céu Aberto disse que contratou o Modigliani Institut para organizar a mostra e dar suporte científico, e que Parisot "foi nomeado pela própria filha de Modigliani."

A ideia inicial da MCA, informou a assessoria, era trazer ao Brasil obras de Modigliani que estão nos principais museus do mundo, no entanto, a proposta não recebeu apoio do Ministério da Cultura (MinC) por conta do orçamento (que era de R$ 15 milhões). A exposição que está no país tem verba de R$ 3,5 milhões, que também precisou ser reduzida (inicialmente, a proposta era de R$ 5 milhões). "De fato, a mostra virou outra proposta, mas que tem, além de obras maravilhosas de colecionadores, todo o acervo que envolve a vida de Amadeo Modigliani."

Trajetória

Uma linha do tempo esclarece todos os pontos da vida do artista em Modigliani, Imagens de uma Vida, desde o seu nascimento, em Livorno, na Itália. A curadoria explica também algumas características específicas do artista, como o seu interesse pelo retrato de nus, por exemplo. "É uma oportunidade rara. Estávamos abrindo as caixas com as obras [durante a montagem, que começou na manhã de ontem] e foi uma grande emoção", diz a diretora do MON, que espera que a mostra contribua para aumentar a visitação do espaço (de 25 mil a 30 mil por mês, o museu expositivo mais frequentado do estado). O MON realizou capacitação de monitores para a exposição, e planeja ações ao longo dos meses para manter a mostra movimentada. Depois da temporada em Curitiba (até 30 de setembro), as obras devem seguir para Salvador (BA).

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