Teatro
Veja este e outros espetáculos no Guia Gazeta do Povo
Um monólogo sobre o surgimento da vida é a proposta de Carlos Caldart para esta noite, na Cia. do Abração. Quando saiu de Curitiba deixando a Faculdade de Artes do Paraná incompleta, Carlos Caldart não imaginava que Nova York seria o local onde ele conheceria a fundo e trabalharia com o teatro do oprimido, de Augusto Boal. Pois seus colegas de Brooklyn College e do Stella Adler Studio of Acting eram loucos pelo brasileiro e pelos escritos de Paulo Freire (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
Esse contato levou Caldart ao ensino de teatro entre adolescentes em situação de risco do Bronx, Harlem, Brooklyn e Long Island, em Nova York. E também a Maputo, em Moçambique, onde foi chamado para ensinar "teatro pós-moderno" chegando lá, percebeu que faltavam noções básicas do próprio modernismo e se ateve a isso.
A interação com a realidade africana marcou a criação artística do paranaense. "O que vi na África não é tão diferente do que vi aqui e nos EUA. Um mundo caótico", diz, referindo-se à globalização.
Essa inquietação está na origem do trabalho que ele apresenta hoje em Curitiba, inspirado longinquamente em Charles Darwin e sua noção de que a vida evoluiu sobre a Terra a partir de uma mesma origem.
Ao longo de uma hora de contação de história adulta, o ator promete um texto repleto de humor, de sua autoria. "Tem muita autorreflexão e metateatro."
Na trama, um José Ninguém é contratado por uma empresa de genética para explicar o começo da vida num programa de televisão.
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