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Os personagens de Tercer Cuerpo vivem situações monótonas e aguardam um “elemento surpresa” | Divulgação
Os personagens de Tercer Cuerpo vivem situações monótonas e aguardam um “elemento surpresa”| Foto: Divulgação

GUIA GAZETA DO POVO

O Guia Gazeta do Povo selecionou programas imperdíveis para você fazer na cidade logo após ver uma peça durante o Festival de Curitiba. Que tal esticar a noite com um jantar romântico, uma balada ou um barzinho para tomar aquela cerveja gelada com os amigos?! Assista ao vídeo e veja as dicas

Apesar de o espetáculo ser falado em espanhol e as legendas apresentarem uma versão reduzida do texto, o grupo Timbre 4, de Buenos Aires, garante que a estreia hoje de Tercer Cuerpo (confira o serviço completo do espetáculo) será perfeitamente compreensível.

"Procuramos um equilíbrio de forma que o espectador entenda sem precisar ficar só olhando para cima", brinca o produtor Jonathan Zak. "Em qualquer lugar do mundo a peça funciona. Fala de coisas que acontecem com qualquer ser humano que vive em uma cidade", diz o ator José Maria Marcos.

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O grupo tem viajado por muito países – inclusive Portugal – levando o trabalho, em cujo enredo cinco pessoas empreendem uma busca constante pela felicidade. Fazem tudo para realizar seus desejos, mas não conseguem.

Os núcleos se dividem como em uma novela. Em casa, um jovem casal tenta se entender apesar da imaturidade. Numa repartição pública, ninguém sabe, nem quer saber, qual o trabalho realizado ali – nem se ele ainda é necessário. Num bar e num consultório médico, outras pessoas levam existências monótonas e repetitivas. No final, uma circunstância-surpresa chega para restaurar a harmonia.

Com uso de humor, ainda que ácido, o espetáculo aborda em tom realista conflitos e situações dramáticas "totalmente reconhecíveis", de acordo com o grupo.

O título tem origem na am­­bientação da peça, que se passa no terceiro edifício de um bloco de prédios "bastante largado". O cenário é simples – o que facilita o trânsito ao redor do mundo.

A economia nos elementos acaba dando mais valor ao texto e ao silêncio: "àquilo que não é dito", na opinião do diretor e autor do texto, Claudio Tolcachir. Ao valorizar o personagem com poucas mudanças de cena, dá "lugar a um ambiente de situações diferentes que coexistem no mesmo espaço – que é um e muitos ao mesmo tempo", escreveu o diretor.

Em conversa com jornalis­tas,em Curitiba, os atores José Marcos e Hernán Grinstein contaram também um pouco da cena teatral de Buenos Aires, onde, apesar da quase ausência de subsídios, existe uma profusão de espetáculos sendo montados. De acordo com o grupo, na semana passada, havia 780 peças em cartaz na capital argentina.

Essa troca de informações contribui para o clima internacional do festival – que também tem na mostra paralela, o Fringe, três espetáculos argentinos e um norte-americano.

O Timbre 4 já fez outras duas visitas ao Brasil. Formado em 2001, o grupo tem esse nome devido ao número da casa onde o diretor Claudio Tolcachir instalou seu espaço cênico. Quem chega precisa "apertar o quatro". "É um espaço de pesquisa e formação contínua, o que é uma raridade, porque na Argentina grupos estáveis são pouco comuns", diz o ator Hernán Grinstein.

Serviço:

Tercer Cuerpo (confira o serviço completo do espetáculo). Teatro Sesc da Esquina (R. Visc. do Rio Branco, 969), (41) 3304-2222. Drama. Dramaturgia e direção: Cláudio Tolcachir. Dias 30 e 31, às 21 horas.

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