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Na TV

Parte da popularidade da obra de Monteiro Lobato se deve às diversas adaptações de seus livros que foram exibidas na televisão brasileira:

• Tv Tupi – A primeira adaptação de Sítio do Picapau Amarelo na televisão foi exibida entre 1952 e 1962, na extinta TV Tupi, e as transmissões foram ao vivo. A história escolhida para inaugurar a série foi "A Pílula Falante", um dos capítulos de Reinações de Narizinho. O programa foi um sucesso e chamou a atenção dos anunciantes.

• Outros Canais – A segunda montagem aconteceu na TV Cultura, em 1964. Apesar de manter boa parte do elenco que atuava na TV Tupi, a série foi produzida por apenas seis meses e não atingiu o sucesso da primeira edição.

O Sítio também foi exibido pela Bandeirantes, em 1967, até chegar à Rede Globo, de 1977 a 1986, na adaptação mais bem sucedida e lembrada da obra de Lobato.

• Retomada – Desde 2001 a Globo retomou a série, inicialmente, com adaptações dos livros e, em 2005, no formato de novela infantil. Na última temporada, que começou em março deste ano e continua sendo exibida, a série voltou a ser uma adaptação das histórias de Lobato.

Pedrinho, Emília, Narizinho e tantos outros personagens que habitam as histórias de Monteiro Lobato estão com nova roupagem. A editora Globo, que a partir deste ano assumiu os direitos de publicação dos livros de Lobato, relançou os cinco primeiros volumes da obra completa do escritor na última Bienal do Rio, que aconteceu em setembro. Ao todo serão 56 títulos, dos quais 31 são voltados ao público infanto-juvenil e 25 se destinam aos adultos.

Entre os livros já lançados, estão os dois volumes de Reinações de Narizinho, que Lobato começou a escrever em 1920. Ao longo de 11 histórias, o escritor apresenta os netos de Dona Benta – Narizinho e Pedrinho – e personagens como a boneca de trapo Emília e a espiga de milho que se transforma em Visconde de Sabugosa.

A série marca a estréia de Lobato na editora Globo. Três anos antes de sua morte, em 1948, o escritor negociou os direitos de sua obra com Caio Prado Júnior, fundador da editora Brasiliense. A editora deteria os direitos até a obra se tornar de domínio público, ou seja, em 2018, 70 anos depois da morte do autor.

Mas, desde os anos 90, a relação dos herdeiros de Lobato com a Brasiliense começou a se deteriorar. A família alegava que cláusulas do contrato foram desrespeitadas – como manter 200 exemplares de cada título em estoque –, além de questões referentes a repasse de lucros. Os herdeiros também acusaram a editora de ter "negligenciado" a obra do autor, afirmações negadas pela editora.

Após inúmeros processos, os direitos voltaram para os herdeiros, que renegociaram a publicação dos livros com a editora Globo. A Brasiliense continua com os livros em catálogo até o fim deste ano.

Na Bienal, a Globo relançou também Viagem ao Céu, um passeio interplanetário da turma do Sítio, que aprende lições de astronomia, viajando na cauda de um cometa; Monteiro Lobato em Quadrinhos – Dom Quixote das Crianças, que traz as aventuras do cavaleiro andante contadas por Dona Benta, na versão em quadrinhos; e Urupês, lançado originalmente em 1918, em que Lobato dá vida ao personagem Jeca Tatu, antecipando questões como a preocupação ecológica.

Na primeira edição, foram feitas 20 mil cópias de cada livro, e a editora pretende lançar uma média de quatro títulos por mês.

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