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Marina Scandolara inicia sua coreografia Poética dos Líquidos, desenvolvida ao longo da residência no projeto Espaço Cênico Pip Galeria | Divulgação
Marina Scandolara inicia sua coreografia Poética dos Líquidos, desenvolvida ao longo da residência no projeto Espaço Cênico Pip Galeria| Foto: Divulgação

Serviço

Mostra Pip Batton

Espaço Cênico (R. Paulo Graeser Sobrinho, 305 – São Francisco), (41) 3338-0450. De 21 de fevereiro a 17 de março. De quinta-feira a domingo, às 20 horas. Entrada franca.

Depois de quase um ano de intercâmbio entre artistas da dança contemporânea, os participantes do projeto Espaço Cênico Pip Galeria abrem seus trabalhos para o público a partir desta quinta-feira (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

Aquilo que foi desenvolvido em oficinas diversas, como escuta do corpo e contato improvisação (método de pesquisa), se mostra na forma de seis coreografias e uma videodança que investigam os limites do corpo e dos movimentos dos bailarinos.

"A dança contemporânea não é uma técnica, e sim um pensamento", lembra a coordenadora dos sete residentes do projeto, Rosemeri Rocha. A coordenação-geral é de Carmen Jorge.

Quem dá o pontapé inicial é Luciana Navarro, com (Sem Título), performance que já no nome revela a influência das artes visuais. As apresentações vão de quinta-feira a domingo, com entrada franca, no Espaço Cênico, até 17 de março.

Cada semana traz o resultado do trabalho de artistas diferentes. De 7 a 10 de março, Loa Campos, que integra a companhia Batton – daí o nome do evento, Pip Batton –, mostra que também flertou com as imagens, em seu caso, fotográficas, em Sou Eu Chão.

Em seguida, entra Marina Scandolara, também da Batton, com Poética dos Líquidos. Sua trajetória pelo palco começa no contato com a parede, e caminha, ou talvez flutue, rumo a um mar de movimentos. "Minha pesquisa partiu da ideia dos líquidos corporais, que lubrificam as articulações, e depois passou para as sensações, do líquido que borbulha e esparrama ou apenas fica parado", contou a criadora à reportagem. A pesquisa prolongada contribuiu com seu desempenho. "Mudou muito minha articulação individual e a liberdade de movimentos."

"O coice, Lepre"

Talvez o maior salto entre mundos artísticos venha de 14 a 17 de março, quando o músico e poeta Luiz Felipe Leprevost apresenta seu solo Quero Ter Esta Fé e o duo com a bailarina Ane Adade O Livro das Ligações ou as Ideias dos Alegres. Não satisfeito com a exposição trazida pela dança, ele se despe. "Quero ter esta fé, de que vim ao mundo para me despir, não para me vestir", escreveu para o programa do espetáculo.

"Foi transformador", diz, sobre a experiência da residência em dança contemporânea. "Tive que voltar a me ver com o corpo, o que tem a ver com encaixe social e sexualidade", contou, após apresentar um trecho de seu solo à Gazeta do Povo, durante o qual a coreógrafa Carmen Jorge pediu que ele incluísse um movimento. "Faz aquele coice, Lepre!"

No trabalho dele em conjunto com Ane Adade, a dupla partiu da poesia do português Gonçalo M. Tavares para chegar a uma coreografia que unisse os dois corpos díspares.

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