O Museu Nabokov, em São Pertersburgo, na Rússia, teve uma de suas paredes pichada com a palavra "pedófilo" na terça, segundo a agência de notícias russa RIA Novosti.
Em 20 dias, foi o segundo ataque contra a instituição promovido pelo grupo ultraconservador Cossacos de São Petersburgo, que já havia quebrado uma janela em 9 de janeiro e enviou cartas ao museu acusando o escritor Vladimir Nabokov (1899-1977) de "promover a pedofilia" e atrair a "fúria de Deus" por ter escrito "Lolita" (1955). O livro conta a história de um professor, Humbert Humbert, que se apaixona pela enteada de 12 anos de idade.
O museu fica na casa do início do século 19 onde Nabokov nasceu e viveu até 1917, quando se exilou com a família, após a Revolução de Outubro. Nos anos 1940, após viver na Inglaterra e na França, o escritor se mudou para os EUA. A construção foi descrita por Nabokov em alguns de seus livros e após décadas continuava a ser, para ele, "a única casa no mundo".
O grupo que atacou o museu também tem agido contra outros artistas e instituições na Rússia. Recentemente, o organizador de uma performance baseada em "Lolita" foi espancado após ter recebido ameaças.
-
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
-
Desoneração da folha coloca Pacheco na encruzilhada entre apoiar ou enfrentar o governo
-
Como a desoneração da folha pode afetar a relação do governo Lula com o Senado
-
Fora dos Autos: OAB, entre eleições, ataque a medalhões e inquéritos; assista
Deixe sua opinião