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A cantora sobe ao palco acompanhada por Fernando Cordella (cravo), Guilherme de Camargo (guitarra barroca e teorba) e Thomas Jucksch (violoncelo barroco) | Henry Milléo/Gazeta do Povo
A cantora sobe ao palco acompanhada por Fernando Cordella (cravo), Guilherme de Camargo (guitarra barroca e teorba) e Thomas Jucksch (violoncelo barroco)| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Concerto

María Cristina Kiehr

Teatro da Caixa (R. Cons. Laurindo, 280), (41) 2118-5111. Hoje, às 20 horas. R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). A bilheteria abre de terça a sábado, das 12 às 20 horas, e no domingo, 16 às 19 horas. Sujeito à lotação.

Programe-se

Drama — O Afeto Necessário do Barroco – Gabriela Di Laccio

Capela Santa Maria – Espaço Cultural (R. Cons. Laurindo, 273), (41) 3321-2840. Dias 12 e 13 de novembro, às 20 horas. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Ensaio aberto hoje, às 15 horas, com entrada franca.

Há mais de dez anos radicada em Londres depois de morar em Curitiba entre 1996 e 2001, quando se graduou em canto lírico na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap) e integrou a Camerata Antiqua de Curitiba, a premiada soprano gaúcha Gabriela Di Laccio volta à capital paranaense para apresentar o concerto Drama – O Afeto Necessário do Barroco, que terá sessões amanhã e quinta-feira, na Capela Santa Maria. Haverá um ensaio aberto ao público hoje, às 15 horas, com entrada franca.

O programa é baseado em um período da música barroca fortemente influenciado pela teoria dos afetos – uma ideia dos tempos de Platão e Aristóteles que postula que a música, por meio de certos intervalos, harmonias e andamentos, pode despertar nos ouvintes estados de espírito específicos como alegria, tristeza e fúria.

Gabriela apresenta os diferentes usos do conceito em obras de compositores como a italiana Barbara Strozzi (1619-1677), o inglês Henry Purcell (1659-1695) e o francês Jean-Baptiste Lully (1632-1687).

Concerto dramático

Embora reúna peças de diferentes épocas e localidades, o programa não se resume a uma seleção casual acerca da teoria do afeto. Intercaladas por poesias de Francesco Petrarca (1304-1374) com temáticas correspondentes, as obras são encadeadas em uma espécie de narrativa – efeito que é reforçado pelo componente cênico incorporado ao concerto por Gabriela, que sobe ao palco acompanhada por Fernando Cordella (cravo), Thomas Jucksch (violoncelo barroco) e Guilherme de Camargo (guitarra barroca e teorba). "É um concerto dramático, mais como uma performance, com uma pequena ideia de espetáculo", explica Gabriela.

A soprano conta que o uso de outras expressões artísticas nos concertos está em sintonia com a ideia, cada vez mais em voga, de modernização e aproximação da música clássica com novos públicos – nos moldes do que faz a mezzo-soprano norte-americana Joyce DiDonato, que apresenta concertos temáticos. "Mas ela o faz sem comprometer o lado artístico, o que é o mais importante. Não se trata de simplificar a música, mas de fazer com que a apresentação seja mais interessante ainda para o público", defende Gabriela, que regularmente apresenta recitais, concertos e oratórios com esta proposta em países como a França e a Itália, além da Inglaterra – onde fundou a organização beneficente Bravo Brazil, que reverte doações para projetos sociomusicais no Brasil.

"Acho que meu trabalho é tentar aproximar as pessoas da música, especialmente desta que não é muito conhecida em alguns lugares. Nesse sentido, quanto mais a arte se completar, melhor", diz.

A Capella

Soprano argentina María Cristina Kiehr faz recital solo na Caixa

A soprano argentina María Cristina Kiehr apresenta um recital dentro da série Solo Música nesta terça-feira, no Teatro da Caixa. A venda de ingressos reabre hoje, ao meio-dia, e está sujeita à lotação do espaço.

O recital chega a Curitiba depois de passar por Fortaleza, na semana passada, e segue para Brasília na semana que vem.

É a primeira vez que a conceituada cantora, desde 2013 professora convidada do núcleo de música antiga da Oficina de Música de Curitiba, faz uma apresentação solo. Em sua maioria a capella, o programa inclui obras de compositores nórdicos como o dinamarquês Christoph Ernest Friedrich Weyse (1774-1842) e o sueco Ole Jacobsen (1872-1921), reúne composições de nomes de períodos diversos da história da música, como John Dowland (1563-1626) e o libanês contemporâneo Zad Moultaka, e passa temas do folclore da Argentina e da Venezuela – momento em que a cantora canta enquanto toca instrumentos de percussão ou rabeca.

O recital ainda inclui as obras "O Clarissima Mater" e "O Gloriosissimi, Lux Vivens Angeli", da religiosa e intelectual alemã do período medieval Hildegard von Bingen (1098-1179).

"Aceitar o desafio solo é uma experiência sem antecedentes para mim (ainda que, curiosamente, estivesse latente há mais de 10 anos), porque me despoja de toda possibilidade de diálogo harmônico e me enfrenta, de maneira muito vulnerável, a evidência que o instrumento com o qual percorro o caminho não é minha voz, mas eu mesma", diz María Cristina, no texto que acompanha o programa do recital.

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