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Para Omara, é uma “honra” ser embaixatriz da música cubana. | Philippe Lopez/AFP
Para Omara, é uma “honra” ser embaixatriz da música cubana.| Foto: Philippe Lopez/AFP

A aparência frágil de Omara Portuondo contrasta com a voz sonora que a transformou em uma estrela em Cuba antes de conquistar fama internacional com o Buena Vista Social Club numa idade em que muitos se aposentam.

O lendário grupo se despedirá do público com “Adiós Tour”, sua última turnê mundial. Mas a cantora de 85 anos, que exerce sua arte desde os 15, não está pronta para deixar os microfones.

“Nenhum de nós imaginou o enorme êxito do Buena Vista Social Club, conseguimos o que nunca sequer teríamos sonhado”, disse em entrevista à AFP antes de se apresentar nesta quinta-feira (10) em Hong Kong. “A música é a minha vida e não deixarei de cantar.”

Já são 20 anos desde que, por uma casualidade do destino, o guitarrista americano Ry Cooder e o astro cubano Juan de Marcos González incentivaram grandes nomes da época de ouro da música cubana a se reunir para produzir um disco.

O álbum, gravado em apenas seis dias, chamado “Buena Vista Social Club” em homenagem a um clube privado de Havana que fechou as portas após a Revolução cubana, foi um grande êxito.

Foram vendidos milhões de cópias e o filme homônimo do cineasta alemão Wim Wenders sobre esta aventura não fez mais que propulsionar a música cubana na cena internacional.

O Buena Vista exportou também uma visão pitoresca de uma ilha que vivia praticamente isolada após a revolução de 1959.

Para a geração que chegava à idade adulta nos anos 1990, era uma forma de descobrir uma Cuba muito diferente da imagem associada aos comunistas nos países ocidentais.

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