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Embocadura: tratamento dentário influenciou composição. | Divulgação/
Embocadura: tratamento dentário influenciou composição.| Foto: Divulgação/

O que inspira uma composição de jazz?

Mulheres fatais, a geografia ferroviária da cidade, injustiças, malandragens, as estações do ano... O compositor e saxofonista Hector Costita se inspirou em seu dentista.

Na obra Alexandre e As Bocas Musicais, o saxofonista de 81 anos fala sobre sua relação com o odontologista Alexandre de Alcãntara, dentista paulistano referência no tratamento de músicos de sopro.

Argentino radicado no Brasil há mais de 50 anos, Costita traz seu inusitado novo tema para os cinco shows que fará em Curitiba durante a 34ª Oficina de Musica de Curitiba a partir desta terça-feira (19) até o próximo sábado (23) sempre a convite do musico Gabriel Castro, flautista e saxofonista argentino que vive em Curitiba.

O primeiro show é no Quintal do Monge terça às 20h. Depois o musico faz duas apresentações no Dizzy Café Concerto nos dias 20 e 23 (horários a confirmar), uma no Sesc Paço da Liberdade no dia 22 e outra no Pablo Escobar no dia 21( horário a confirmar).

Um dos saxofonistas mais célebres do pais, Costita tem longa carreira que inclui passagem pelas bandas de Lallo Schifrin (criador do tema de Missão Impossível) e da histórica Banda Bossa Rio liderada por Sérgio Mendes e que tinha entre outros o baterista Edison Machado e o trombonista Raul de Souza.

Músicos de sopro necessitam de atenção especial

Hector Costita e Gabriel Castro em Curitiba

Terça (19), às 20 Quintal do Monge

Quarta (20) no Dizzy Café Concerto

Quinta (21) no Pablo Escobar

Sexta (22), às 20h Sala de Atos do Paço da Liberdade

Sábado (23) no Dizzy Café Concerto

O veterano Costita explica que a inspiração surgiu por que a formação dentária é um problema para muitos músicos de sopro. “Eu conheço vários músicos que têm dificuldades de tocar porque caiu um dente e não tem especialista que faça a reparação para não perder a embocadura”, explica.

“Eu passei a vida tocando com uma embocadura minha e, por modificação que eu tive na boca, tive que mudar a forma de tocar. O que ele faz é muito especial e tem muito valor não só para odontologia, mas também para os músicos”, conclui.

Dentista Jazzy

O dentista Alexandre de Alcântara é, possivelmente, o único especialista do Brasil no tratamento de músicos de sopro. Nascido em uma família de instrumentistas, Alcântara mantém uma página no Facebook chamada “Odontologia para músicos de sopro”, que auxilia dentistas no tratamento de músicos com milhares de visualizações por mês.

Na página, o médico explica que quem toca instrumentos como o saxofone, a tuba, e o trombone depende, além de técnicas de respiração, da “embocadura”, ou seja, a interação perfeita entre os dentes, lábios e língua, o que permite a passagem exata de ar pelo instrumento e a consequente emissão de ondas sonoras das notas musicais.

Alcântara já escreveu dois livros na área e trata clientes de várias partes do Brasil e de todo mundo que atuam em importantes bandas e orquestras.

Graças à sua pesquisa, o Conselho Federal de Odontologia emitiu o parecer em 2012, em que define que o músico de sopro é um paciente especial e requer atenção específica.

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