Pense numa carreira cheia de extremos. Você é um cantor da velha guarda que atua há anos em bandas do underground inglês. Um dia o cargo de vocalista da banda mais importante do metal mundial, o Iron Maiden, fica vago e você é o convidado.
Passa quatro anos vivendo como rei. Grava discos, viaja o mundo e então é demitido. Longe dos holofotes, das multidões dos shows em arenas e festivais, precisa voltar à batalha do underground em clubes e bares.
Eis o resumo da carreira do vocalista Blaze Bayley, que se apresenta esta quinta-feira (23) no Crossroads, em Curitiba. Para o cantor, o estágio atual dessa oscilação não poderia ser melhor. “Prefiro ser pequeno e ter liberdade e independência. Algo que só acontece por que tenho suporte de fãs maravilhosos como os de Curitiba”.
Com público cativo na cidade, o cantor perdeu as contas de quantas vezes esteve por aqui. A passagem mais marcante foi em 2014. Blaze chegava de van de um show em São Paulo e foi recepcionado no trevo do Atuba, na BR-116, por um grupo de motociclistas.
O comboio de motos passeou até o Centro Cívico. Blaze chegou a ser recebidos pelo governador Beto Rica e pelo prefeito Gustavo Fruet.“Foi um dia um dia fantástico”, conta.
Blaze volta à cidade com o show de sua nova turnê “Infinite Entanglement”, para promover seu oitavo álbum de estúdio, de mesmo nome. Blaze explica que será o primeiro de uma trilogia futurista.
Parte do show vai apresentar seu novo material, mas ele assegura aos fãs que vai cantar as músicas mais importantes da carreira solo, do Iron Maiden e clássicos do heavy metal.
Carreira
Blaze Bayley começou a carreira no início da década de 1980. Por dez anos, foi vocalista da banda Wolfsbane. Em 1994, com a saída de Bruce Dickinson, assumiu os vocais do Iron Maiden.Tarefa difícil, tendo em vista o carisma e a potência vocal de seu antecessor . Fãs do Iron Maiden não costumam colocar o período de Blaze como frontman como o melhor momento da banda. O cantor diz não se importar com as críticas. “Eu não ligo para as resenhas ruins. As pessoas têm o direito de opinar, mas não me machuca. Sei que fiz o meu melhor”.
