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Oito atores se alternam no papel do compositor | Divulgação
Oito atores se alternam no papel do compositor| Foto: Divulgação

Musical

Gonzagão – A Lenda. Teatro Positivo – Grande

Auditório (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3283. Dias 31 de março, às 19 horas, e 1º de abril, às 21 horas. R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada, inclusive para assinantes Gazeta do Povo). Classificação indicativa: 12 anos. Vendas a partir de 6 de fevereiro pelo site www.festivaldecuritiba.com.br e nos shoppings Mueller, Barigui e Palladium.

Depois do filme e da minissérie, os curitibanos terão uma visão mais humorística de Luiz Gonzaga (1912-1989) em Gonzagão – A Lenda, musical que funde estilos como o baião e o rock numa atmosfera pop. A peça tem apresentações dias 31 de março e 1.º de abril no Teatro Positivo, dentro da mostra principal do Festival de Teatro, que tem início no dia 26 de março. A venda de ingressos começa na próxima quarta-feira.

"Gonzaga sempre foi pop. Era essa sua intenção", defende o diretor João Falcão, pernambucano como o lendário músico nordestino.

Tão popular era o mito enquanto João crescia, que ele acreditava ser a principal festa de sua família, o São João, uma invenção do próprio sanfoneiro.

Essa onipresença virou ingrediente, na peça, para um clima mítico, em que o "velho Lua" se torna uma lenda "acontecida num passado bem remoto". Conforme escreveu em entrevista por e-mail à Gazeta do Povo, para o diretor, essa opção "permite o distanciamento necessário para falar da vida de Luiz Gonzaga como uma fábula e fugir da biografia documental".

O distanciamento começa com o surgimento de uma trupe que funciona como narrador da "lenda do rei Luiz". A intenção é que o espectador sinta-se no futuro, em tempo e local indefinidos.

Mulher-macho

No elenco, há oito homens (Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Eduardo Rios, Fabio Enriquez, Marcelo Mimoso, Paulo de Melo, Renato Luciano, Ricca Barros, que se revezam entre papéis, incluindo o de Gonzaga). Eles são acompanhados de Laila Garin – que em sua primeira entrada se veste de homem, numa evocação das personagens de gênero indefinido da literatura nordestina.

Na dramaturgia do musical, que tem teor humorístico, Falcão conta ter buscado a graça nas próprias canções de Gonzaga, em trechos de entrevistas ou nos improvisos que o mito fazia em seus shows e discos. "No que escrevi de original, tentei imitar Luiz", diz o diretor, que se orgulha de ter evitado o tom didático. "Não é a Wikipédia", diz.

Um exemplo da liberdade poética foi a renomeação de duas mulheres da vida de Gonzaga. Nazarena, primeiro amor, é Rosinha, e Odaléa, mãe de Gonzaguinha, tornou-se Morena – ambos são nomes tirados de músicas do compositor. Outro ponto alto ficcional é o encontro com Lampião, mais um mito nordestino.

Diferencial

O espetáculo, estreado em outubro do ano passado, recebeu indicações ao Prêmio Shell e da Associação de Produtores de Teatro do Rio (APTR) como melhor música e figurino.

"A principal diferença do nosso trabalho para outras homenagens a Luiz Gonzaga é o tom fabuloso e contemporâneo que escolhemos para o espetáculo", conta o diretor.

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