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Hermes & Renato: programas de meia hora resgatam os melhores momentos do grupo de humoristas, que completa dez anos na emissora. | Divulgação
Hermes & Renato: programas de meia hora resgatam os melhores momentos do grupo de humoristas, que completa dez anos na emissora.| Foto: Divulgação

Linha do tempo

Saiba mais sobre a trajetória de Raphael Lobo. Participação em espetáculos de teatro:

2003/2004: Macbeth, no 7º Festival do Teatro Lala Schneider.

2004: O Servidor de Dois Amos, no 7º Festival de Teatro de Curitiba – Fringe e Dom Quixote.

2004-2005: Hino Poético, no 1º Festival de Verão do Teatro Lala Schneider – 2005.

2005: O Gralha, O Despertar da Primavera e Grease – A Magia dos Anos 50.

2005-2006: A Bela e a Fera, Oratório em 11 Cantos e O Auto da Compadecida.

2006: As Três Irmãs e Don Juan.

2007: Colônia Cecília e Mostra a Tua que Eu Mostro a Minha.

2008: Segredo de Família e Ma Donna Mia.

Atuação em filmes exibidos pela Revista RPC:

- O Mistério da Linda Morena, Zé Palito, Retrato Falado, Fábrica de Sonhos, além de participação no quadro Louco de Bom, ao lado de Diogo Portugal.

Raphael Lobo, 37 anos, tem como hábito enfrentar todo e qualquer desafio. "Digo sim para toda proposta." E os convites têm sido muitos. Com a agenda mais do que lotada, devido a compromissos como aulas, cursos e teatro, ainda encontrou, nos raros minutos vagos, tempo para aprender – sozinho – a tocar violão. No repertório, mais de 300 canções. "Toca Raul?". De Metamorfose Ambulante a Ouro de Tolo. Pode até vir a assumir a linha de frente em algum bar da cidade se o público quiser MPB, Pink Floyd e Legião Urbana.

Os palcos fazem parte da atual rotina de Lobo. Ele é ator. Participou de 20 montagens com a trupe de João Luiz Fiani. Neste Festival de Curitiba, estará em cena na montagem Apocalipse – a Cia. Máscaras de Teatro participa do evento com 22 peças. Dia 1º de março, na Revista RPC (que vai ao ar aos domingos, atualmente após a exibição do Big Brother Brasil), interpretou o personagem Toninho, na teledramaturgia Fábrica de Sonhos. Já atuou em outras três produções veiculadas no programa, e ainda figurou em esquete com Diogo Portugal.

O humor, que pode ser definido como uma maneira leve de enfrentar os fatos, está na massa do sangue de Lobo. Ele atribui a sua avó, já morta, Aline Fraxino Lobo, a primeira referência no que diz respeito a um modelo de "comediante". Fábio Silvestre, Marino Jr., Marcio Luz, Pedro Cardoso, Selton Mello e o já citado Diogo Portugal são alguns atores com verve para comédia que ele admira. Lobo ainda não esboçou um projeto para fazer stand-up comedy, mas diante de um convite, não dirá não.

Mudança de estação

Se os parentes dissessem que Lobo se tornaria um ator, não seria um palpite infeliz. Lá na década de 1980, ele brincava de repórter ou "de teatro". Bastava que uma câmera de vídeo estivesse com o rec acionado. Mas dos 7 aos 17 anos, outro futuro parecia se abrir para ele. Fora do colégio, corria da Academia Moby Dick, no Tarumã, para o Acquacenter, no Batel. O nadador em botão também era um conhecido jogador de voleibol do Positivo Júnior. O esporte se insinuava como estrada.

Em 1994, com o diploma de Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), passaria a lecionar no colégio onde foi aluno, além de dirigir a equipe de vôlei. O futuro parecia traçado. Até que, em 1997, em meio à Era Lerner, surgiu uma inusitada oportunidade: atuar na Universidade do Professor, em Faxinal do Céu, lá para os lados de Guarapuava. E foi durante essa temporada que ele descobriu que poderia reinventar a própria vida.

O consultor em qualidade de vida e mestre em Educação Física Hélio Costa mostraria para Lobo que as possibilidades de atuação podem (e são) infinitas. Uma especialização em Administração seria trampolim para ele lecionar, em instituições de ensino superior, disciplinas relacionadas à gestão de empresas e pessoas. Desde 2001, é professor das Faculdades Opet. Em breve, também será professor da Universidade Positivo. E mais: tem uma cartela variada de clientes.

A verbo motivar

De repente, um dia livre e, então, o professor de Educação Física, finalmente, consegue caminhar ao redor do lago do Parque São Lourenço, bem perto da casa onde mora. As frações de tempo para não fazer nada, profissionalmente falando, incluem churrascos, em que o ator assume o papel de comandante de espetos e grelha. A namorada Carolina entende esse ritmo frenético e apoia o namorado. A dois, eles costumam passear na feirinha do Setor Histórico ou então nos bares Menina da Colina e Aldeia das Flores. Raphael Lobo dorme, no máximo, quatro horas por dia.

Em cima de uma moto, consegue fluência em meio ao trânsito, de certa maneira, já congestionado de Curitiba, rumo aos inúmeros trabalhos que desenvolve. Presta consultoria e treinamento de motivação em empresas, coordena equipes em acampamentos e, durante o verão, participa de arenas de eventos no litoral. Não cansa? O motivador se diz cheio de motivos para fazer o que faz. Conta que anda de olhos bem abertos no cotidiano, o seu "laboratório", que oferece elementos para agir nos palcos, seja em teatros, salas de aula ou empresas.

"Uma atividade alimenta a outra." E o que é mais difícil nesta vida? "Fazer comédia." Lobo observa que uma mesma piada, ou cena de humor, pode provocar 20 minutos de risos ou silêncio, e até mesmo indiferença. "O fato de uma pessoa não rir, não significa que você não sabe fazer humor. É como na vida: por mais óbvio que pareça, não se pode agradar a todos."

Raphael Lobo pretende desenvolver a sua trajetória aqui mesmo. "Não tenho o desejo de migrar para o Rio de Janeiro ou São Paulo." Anuncia que está finalizando Segunda-Feira Eu Começo, um livro a respeito de autossabotagem. Dançarino, confessa que, até quando não sabe fazer algo, aceita o eventual chamado. "Então, pesquiso, estudo, aprendo e faço. Quem só faz o que realmente ‘sabe’, deixa de viver, e de realizar, muita coisa."

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