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Juliana Müller, que atende 600 usuários da biblioteca do Instituto Goethe | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Juliana Müller, que atende 600 usuários da biblioteca do Instituto Goethe| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Letras estrangeiras

Saiba onde encontrar algumas bibliotecas de escolas de idiomas:

Instituto Cervantes

- Acervo: 10 mil obras

- Taxa anual: R$ 35 (R$ 20 para aposentados, maiores de 60 anos, professores de outras instituições e usuários da biblioteca do Instituto Goethe).

Rua Ubaldino do Amaral, 927 – Alto da XV. (41) 3362-7320. http://curitiba.cervantes.es

Inter Americano

- Acervo: 20 mil livros

- Taxa: R$ 36 (anual), R$ 20 (semestral), R$ 10 (trimestral).

Matriz: Rua Amintas de Barros, 99-Centro. (41) 3320-4704. http://www.interamericano.com.br

Cultura Inglesa

- Acervo: 30 mil livros

- Taxa anual: R$ 60 (até abril). É preciso ter a indicação de dois alunos.

Matriz: Alameda Julia da Costa, 1.500 – Champagnat. (41) 3335-7332. http://www.culturainglesacuritiba.com.br/

Aliança Francesa

- Acervo: 8.500 obras

- Taxa anual: R$ 60

Matriz: Alameda Prudente de Moraes, 1.101 – Centro. (41) 3223-4457. http://www.afcuritiba.com.br

Instituto Goethe

- Acervo: 8 mil obras

- Taxa anual: R$ 30 (R$ 15 para aposentados, maiores de 60, usuários da biblioteca do Instituto Cervantes).

Rua Reinaldino S. de Quadros, 33 – Alto da XV. (41) 3262-8244. http://www.goethe.de/curitiba

  • Ana Maria Binotto, bibliotecária do Inter Americano: consulta de livros infantis é atração

Você entra na página da Amazon, escolhe um livro que deseja ler no original inglês, gosta do preço...mas quase cai da cadeira quando descobre o valor do frete. Uma solução para isso, que muita gente desconhece, é frequentar escolas de idiomas que permitem o acesso a suas bibliotecas a não alunos, e o empréstimo de obras mediante o pagamento de uma taxa anual – em geral menor do que o custo de trazer um único exemplar para o Brasil.É claro que elas não oferecem um catálogo semelhante ao das livrarias, mas também não são desatualizadas. "Já tínhamos a série Twilight (Crepúsculo) quando ela foi lançada aqui", conta Lígia Kirtschig, superintendente da Cultura Inglesa em Curitiba.

Entre as obras mais locadas ou consultadas nas bibliotecas da escola estão The Princess Diaries (O Diário da Princesa), de Meg Cabot (tanto a versão impressa quanto os audiolivros), Eat, Pray, Love (Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert) e guias de viagem. O Guinness World Records também é um "hit".

Ser um rato de biblioteca de escola de idioma tem a vantagem de dar acesso a uma ampla variedade de títulos, especialmente se o leitor for criança e estiver aprendendo uma língua. "Em fevereiro teremos uma grande compra para o público infantil, incluindo CDs com músicas", conta Aguinaldo Marcelino, bibliotecário do Instituto Cervantes, que dispõe de 10 mil obras, entre livros, filmes e discos em espanhol.

Outra vantagem das bibliotecas estrangeiras em solo curitibano são as adaptações sob medida para o nível do falante. Um exemplo é o clássico Don Quijote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, que tem três versões na escola que leva o nome do autor espanhol: a integral, de 1.249 páginas, e mais duas adaptações, de níveis básico e avançado, ambas em dois volumes de menos de 200 páginas.

Na Aliança Francesa, que dispõe de 8.500 títulos, as prateleiras são até dividas por níveis. "Temos material para quem não fala quase nada, indo até o nível avançado", diz Laure Gyselinck, diretora da escola em Curitiba. Um exemplo do acervo é L'Éxile et le Royaume (O Exílio e o Reino), de Albert Camus, que traz o conto "La Pierre qui Pousse" ("A Pedra que Brota"), baseado em uma viagem do autor à cidadezinha brasileira de Iguape (SP), em 1949.

Clássicos difíceis de encontrar na língua original são o grande trunfo das bibliotecas de escolas, na opinião do jurista Sansão José Loureiro, assíduo frequentador da biblioteca do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, o Inter-Americano.

"Já encontrei um 'livraço' sobre Pedro, o Grande [czar russo no século 18]", conta. "Eles também têm biografias de políticos e crítica literária."

Outra vantagem das bibliotecas é a mobilidade que permitem ao leitor. No caso do Inter Americano, que tem cinco unidades, é possível pegar o livro em uma sede e devolver em outra, conforme a bibliotecária-chefe Ana Maria Binotto.

Multimídia

Nestes tempos em que a oferta de locadoras vai minguando, as escolas de idiomas também surgem com uma opção para se atualizar em filmes estrangeiros que não entram em cartaz. É o caso de uma coletânea de curta-metragens bascos organizada pela Filmoteca Basca e que está entre os mais locados do Instituto Cervantes, ao lado dos longas Volver (Pedro Almodóvar, 2006), El Hijo de la Novia (O Filho da Noiva, Juan Jose Campanella, 2001) e Mar Adentro (Alejandro Amenábar, 2004). Na música, a maior procura é pelo pop latino, que inclui nomes como a hispanoamericana Julieta Venegas e o colombiano Juanes.

No Instituto Goethe, a possibilidade de ficar uma semana inteira com o filme talvez explique a grande procura. São 5.500 visitas por ano, sendo que 60% dos frequentadores não são alunos da escola, conforme conta a assistente de informação Juliane Müller.

Nem todas as bibliotecas de escolas, porém, permitem o empréstimo de filmes. Outros itens, como revistas, podem ser consultados no local.

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