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A belíssima Anna Mouglalis, que foi modelo, interpreta Coco Chanel | Divulgação
A belíssima Anna Mouglalis, que foi modelo, interpreta Coco Chanel| Foto: Divulgação

Coco Chanel & Igor Stravinski (veja trailer, fotos e horários das sessões)parte de um pressuposto possivelmente ficcional: a estilista francesa que mudou a história da moda e o inovador compositor russo talvez nunca tenham vivido o in­­cendiário caso de amor retratado pelo filme do diretor holandês Jan Kounen. O próprio cineasta admite isso: se algo existiu entre os dois, não passou de fogo de palha, de encontros sexuais furtivos e sem maior repercussão na vida de ambos.

Esse pressuposto "inventado", entretanto, não invalida o longa-metragem, que estreia hoje em Curitiba. É tão instigante a possibilidade de que, de fato, Chanel e Stravinski tenham ido além de uma mera aventura sexual sem consequências, que essa mentira é perdoável. Até porque a produção tem várias outras qualidades.

Um desses méritos, que vale o preço do ingresso, é a reconstituição detalhada da primeira e revolucionária apresentação do balé A Sagração da Primavera, coreografado pelo genial Vaslav Nijinski a partir da inovadora obra musical do compositor russo.

A apresentação, ocorrida no ano de 1913 no Théâtre des Champs-Élysées, em Paris, causou verdadeiro pandemônio. O público que lotava a casa de espetáculos saiu aos brados, chocado com o que está vendo sobre o palco: uma concepção artística que desafiava o academicismo e, portanto, a ideia de "belo" ao qual os amantes da música e da dança estavam acostumados.

O filme de Kounen parte da suposição de que nesta noite teria nascido o misto de paixão e reverência da superindependente Coco (a belíssima Anna Mouglalis, que foi modelo da Maison Chanel) pelo genioso e genial Stravinski (o excelente ator dinamarquês Mads Mikkelsen), casado e pai de muitos filhos. Esse sentimento a teria levado a se tornar mecenas do compositor e o convidado a se mudar com a família para a casa da estilista nos arrabaldes de Paris, o que fato ocorreu na vida real.

A bela direção de arte, que incorpora o estilo minimalista das roupas desenhadas por Coco, é outro ponto alto do longa-metragem, sem falar das cenas de sexo. Tórridas e filmadas com extrema elegância. GGG1/2

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