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Na estreia O Pacto, o ator Nicolas Cage faz um papel bastante semelhante aos de seus filmes mais recentes | Divulgação
Na estreia O Pacto, o ator Nicolas Cage faz um papel bastante semelhante aos de seus filmes mais recentes| Foto: Divulgação

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Ultimamente, a escalação de Nicolas Cage para um papel já diz tudo sobre um projeto, antes mesmo de o filme começar a ser exibido: é uma fita de ação; o protagonista (Cage) é um personagem simplório, vítima de algum grande esquema nebuloso ou criminoso; a história é totalmente previsível; os diálogos são banais e, no final, tudo dará certo.

Os produtores não querem o Nicolas Cage que ganhou um Os­­­car em 1996 por Despedida em Las Vegas, de Mike Figgis; eles suplicam o canastrão que, apenas em 2011, se desdobrou em cinco filmes que, somados, ganharam da crítica menos estrelas que uma noite de céu nublado – Caça às Bruxas, Fúria sobre Rodas, Reféns, Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança e a partir desta sexta-feira no Brasil, O Pacto.

No novo longa, o professor Will Gerard tem um pouco de cada personagem dos filmes anteriores de Cage, exceto a autocombustão do Motoqueiro Fantasma. Por pior que seja seu papel, não há como não simpatizar com o pobre coitado que ele sempre representa. Dá pena acompanhar o professor Will Gerard no seu dia a dia, esforçando-se para falar de Shakespeare para uma turma de alunos que está mais preocupada em pichar os corredores da escola e falar ao celular durante as aulas.

Ele também os leva para concertos de música clássica, pagando os ingressos do próprio bolso. Mas a música lhe proporciona um prazer adicional, pois sua mulher, Laura (January Jones), toca numa orquestra.

E será na saída de uma apresentação que acontecerá uma tragédia que jogará a vida do casal num abismo. Ao entrar no carro, estacionado numa rua escura de Nova Orleans, Laura é atacada e violentada. Socorrida, com muitos ferimentos, fica irremediavelmente abalada e insegura.

Na sala de espera do hospital, Will é abordado por Simon (Guy Pearce, que também não é mais o mesmo desde Amnésia, de 2000) que lhe propõe um pacto: ele encomendará a morte do criminoso e, em troca, Will executará al­­­­gum serviço para sua organização quando for necessário.

Will demora a se decidir, mas acaba concordando. Só que sua aceitação acabará desencadeando uma espiral de violência que não se limitará à morte do agressor de sua mulher. Personagens inocentes acabarão envolvidos, deixando Will numa situação insustentável.

E aquele pacato professor de literatura dirigirá carros em alta velocidade, fugirá da polícia, manejará armas de fogo, promoverá investigações paralelas com uma desenvoltura de que apenas Nicolas Cage é capaz. E, como ele sempre faz isso em seus filmes, é bem possível que conseguirá no­­­vamente.

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