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O atual sexteto, num sofá, não vê a hora de ter dois novos integrantes | Fotos: Wando Léon/Divulgação
O atual sexteto, num sofá, não vê a hora de ter dois novos integrantes| Foto: Fotos: Wando Léon/Divulgação

Perfil

Saiba mais sobre a banda Denorex 80.

A origem do nome

A banda começou a tocar canções que fizeram sucesso na década de 1980. Denorex é o nome de um xampu anticaspa que era muito comercializado naquele período. O comercial do produto tinha o seguinte bordão: "Parece remédio, mas não é". O conjunto paranaense, em seu site, usa a frase "Denorex 80, a banda que parece mas não é."

Formação

Atualmente, a Denorex 80 é formada Zé Loureiro (bateria), Gilson Fukushima (guitarra), Jorge Falcón (baixo), Sérgio Justen (teclado), Rosana Stavis (vocal) e Maurício Vogue (vocal).

Inscrição

Para disputar uma vaga para entrar na banda é preciso fazer inscrição, até 5 de março, exclusivamente por meio do site.

  • Gilson Fukushima, Jorge Falcón, Maurício Vogue, Rosana Stavis, Sérgio Justen e Zé Loureiro: em busca de dois novos cantores

Muita gente já disse, e não são poucos os que repetem, que a banda Denorex 80 foi, e ainda é, um dos mais inquietantes fenômenos do cenário cultural paranaense. Em sete anos, foram mais de 300 apresentações. De pequenos e grandes palcos, atravessaram o estado do Paraná, conheceram o interior de Santa Catarina e algumas cidades paulistas. O cachê acima da média local, superior a R$ 10 mil, viabilizou que os oito integrantes com­­prassem apartamento e carro, mantendo a geladeira cheia e a mesa farta.

O Denorex 80 é bem mais do que um projeto bem-sucedido, rentável financeiramente falando. A banda não pode ser resumida apenas a um conjunto que faz cover e é sinônimo de alegria e diversão.

O ator, músico e cantor Alexandre Nero analisa que o Denorex 80 foi responsável, guardadas todas as proporções, por uma verdadeira revolução de costumes em Curitiba, tão radical como foi o Festival de Woodstock e a queima de sutiãs no século passado (leia mais na matéria ao lado).

Mas Nero saiu da banda. Jana Mundana, uma outra vocalista, também. E, para substituir esses dois cantores performáticos, o conjunto promove um concurso.

Até o dia 5 de março é possível fazer inscrição, exclusivamente por meio do site da banda, para participar do teste do sofá. Sim: teste do sofá. O Denorex 80, como lembra Nero, sempre tratou da questão sexual por meio do humor. "E agora, nesse recrutamento, não poderia ser diferente. É genial promover um concurso com o título ‘teste do sofá’, até para desconstruir esse tabu (teste do sofá), que sugere que só consegue a vaga aquele que transa com a chefia", afirma Nero.

A primeira etapa do teste está prevista para acontecer na segunda semana de março, em pleno palco do Teatro Regina Vogue. Os candidatos serão julgados, e analisados, em relação aos seguintes itens: afinação, performance, carisma, capacidade de improvisar e contar piada e, acima de tudo, interação.

Depois dessa primeira "peneira", serão escolhidos três homens e três mulheres: afinal, uma vaga é para um homem; a outra, para uma mulher. Os finalistas, enfim, vão se apresentar, ao lado do Denorex 80, no palco do John Bull Music Hall. A data? 27 de março, coincidência ou não, o penúltimo dia do Festival de Curitiba.

A escolha dos dois novos integrantes da banda será decidida pelo público, que terá de depositar o voto, por escrito, em urnas. Além disso, a atriz Katiuscia Canoro, a personagem Lady Kate do programa Zorra Total, é uma convidada mais do que especial do show. No meio artístico, comenta-se que Lady Kate (que tem o bordão "tô pagano") "comprou" a Denorex 80 e, por isso, poderá interromper a apresentação se não forem executadas músicas que escolheu há alguns meses.

Sete anos de sucesso

Quem já presenciou uma performance do Denorex 80 pode pensar que tudo é brincadeira. Afinal, os integrantes cantam, dançam, pulam, gargalham e, como efeito geral, fazem o público rir. Mas Maurício Vogue e Rosana Stavis, ambos vocalistas, garantem que a banda é séria fora do palco. Eles se reúnem uma vez por semana, para analisar o que funciona, ou não. Discutem. Traçam planos.

Evandro Mesquista, Leo Jaime, Paulo Ricardo, Rosana, e outros artistas que tiveram alguma ressonância na chamada década perdida (os anos 1980), já dividiram palco com o Denorex 80. Gretchen, Rita Cadillac, Simony e Sidney Magal também.

Os atuais integrantes acreditam que o projeto deu certo porque a classe artística comprou a ideia. Eles debutaram para fazer uma única apresentação, em 2003, na Sociedade Ucraniana. Houve tanta alegria na plateia como no palco. Repetiram a dose. Começaram a ser requisitados. "Nos demos conta de que tínhamos uma mina de ouro nas mãos. O Denorex 80 é uma brincadeira que deu certo", diz Vogue.

Durante a entrevista, Maurício Vogue recebeu uma ligação. Do outro da linha, uma mulher o contratava para realizar, em uma festa de aniversário, a performance de Freddie Mercury que costuma ser feita nos shows do Denorex 80. "Viu? As pessoas gostam", diz, salientando que os integrantes da banda não fazem pesquisa de repertório, apenas usam as referências que ficaram no imaginário, como "Ursinho Blau Blau", de Sylvinho, e "O Amor e o Poder (Como uma Deusa)", da cantora Rosana, músicas presentes em todos os shows.

De médicos a adolescentes, de advogadas a gatões da meia-idade: são, de fato, raras as pessoas que ainda não conhecem essa banda que, agora, abre espaço para a entrada de dois novos cantores que, seguramente, podem vir a reinventar as possibilidades desse fenômeno chamado Denorex 80.

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