Nova Camerata estreia obras amanhã e quinta

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O grupo Nova Camerata, criado em 1999 para interpretar música contemporânea, apresenta um programa só com estreias amanhã e quinta, na Capela Santa Maria. Haverá um ensaio aberto hoje, às 15 horas.

Atualmente formado por Beatriz Furlanetto (piano), Valentina Daldegan (flautas), Shanda Olandoski (viola), Beatriz Santana (piano), Leila Tascheck (violino), Daniel Migliavacca (bandolim), Sérgio Albach (clarone) e Santiago Beis (piano), o grupo vai executar obras de compositores brasileiros ativos do cenário da música nova – algumas delas escritas especialmente para a sua formação.

É o caso de Il Giardino/Entre os Quereres e Libélula Ludi, respectivamente de Mauricio Dottori e Indioney Rodrigues, regentes e diretores artísticos da Nova Camerata; e Orvalho, do premiado compositor Edson Zampronha.

"Ele, Silvio Ferraz e Roberto Victorio são figuras bem atuantes na cena hoje. Estão produzindo, participando, promovendo a música contemporânea no país. E nos aliamos a esse movimento em Curitiba", diz Rodrigues. "Nos últimos anos, temos tido concertos de música contemporânea com bastante público. Estamos indo para a terceira edição da Bienal Música Hoje, que é um evento internacional. Curitiba tem sido uma referência nacional em música nova", explica.

É neste cenário que Rodrigues e Dottori querem fazer com que a Nova Camerata, que é um dos poucos grupos dedicados à música contemporâneas no país, passe a existir de forma mais constante. "Ela vem atuando intermitentemente. Pretendemos que ela tenha uma atuação mais consistente, dentro e fora de Curitiba", explica Rodrigues.

Para o compositor, o conjunto de obras apresentadas nestes concertos se distancia da aridez geralmente associada à música contemporânea. "É uma música boa de ouvir, bonita, harmoniosa e bastante rítmica. Não é um concerto contemporâneo povoado de peças super conceituais, difíceis de ouvir", comenta.