Sem festa nem bolo pelo menos no ar , a MTV completa nesta semana um ano de nova administração no Brasil. No dia 1.º de outubro de 2013, a marca, que era licenciada pelo grupo Abril, voltou para as mãos da empresa norte-americana Viacom.
A programadora relançou o canal, mas agora dentro da grade da tevê paga. A MTV segue focada no público jovem, mas, segundo Tiago Worcman, vice-presidente de conteúdo e programação e gerente da marca no Brasil, não se limita a esse segmento.
"Hoje o nosso público não é mais de nicho", diz Worcman. "Não falamos mais apenas com o jovem que gosta de rock, se veste de preto e come hambúrguer."
"Atualmente, o jovem brasileiro, e de qualquer lugar do mundo, é muito eclético", avalia. "Ele pode ser vegetariano, hippie e gostar da [série] Vampire Diaries. Ter uma programação diversificada faz parte dessa nova MTV."
Os dados de audiência comprovam a fala do vice-presidente da emissora. O canal cresceu mais entre o público geral (55%) do que entre os jovens em que diz focar (45% entre 18 e 24 anos) nos últimos 11 meses. A migração para o pacote da tevê paga tirou espectadores do canal?
"Entendemos que a MTV hoje não pode ser medida só pela audiência da tevê, mas também pela repercussão nas redes sociais", relativiza. Entre os percalços no primeiro ano de gestão, ele destaca o fim do Coletivation, única atração diária do canal e uma de suas principais apostas entre as produções nacionais, que estreou com apresentação de Patrick Maia e do cantor Fiuk. "Foi um aprendizado", avalia. "O programa diário não é um caminho que a gente deve seguir. Hoje em dia é difícil fazer uma atração que seja relevante para esse público todos os dias."
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