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US$ 36 milhões foi o valor arrecadado pelo filme Planeta dos Macacos: O Confronto no último fim de semana nos Estados Unidos. O longa lidera as bilheterias americanas pela segunda semana.

Cinema

Veja informações deste e outros filmes no Guia Gazeta do Povo.

  • O Planeta dos Macacos (1968):Na primeira versão, dirigida por Franklin J. Schaffner, Taylor (Charlton Heston) e sua equipe de astronautas caem em um planeta distante no futuro, em que os macacos são a espécie dominante e os humanos, escravos
  • De Volta ao Planeta dos Macacos (1970):Na primeira continuação da franquia, dirigida por Ted Post, o astronauta Brent (James Franciscus) é enviado para resgatar Taylor, mas também cai no Planeta dos Macacos e descobre um grande poderio militar nas mãos dos inimigos
  • Fuga do Planeta dos Macacos (1971):Nesta sequência, com direção de Don Taylor, os macacos Cornelius (Roddy McDowall ) e Zira (Kim Hunter) voltam no tempo ao fugirem de seu planeta e acabam na Los Angeles do século 20, onde são ameaçados e desvendam o passado de seu mundo
  • A Conquista do Planeta dos Macacos (1972):O quarto filme da série é dirigido por J. Lee Thompson e tem enredo que lembra A Origem, prólogo de 2011 do filme que acaba de entrar em cartaz. No longa, César (Roddy McDowall), filho de Cornelius e Zira, lidera uma revolução de macacos
  • A Batalha do Planeta dos Macacos (1973):No quinto e último filme da série iniciada em 1968, também dirigido por Thompson, César tenta manter a paz entre macacos e humanos sobreviventes depois de sua raça dominar o planeta
  • O Planeta dos Macacos (2001):Tim Burton refilmou a história original de 1968 com Mark Wahlberg, Tim Roth e Helena Bonham Carter. No filme, o astronauta Leo Davidson (Wahlberg) entra em um buraco de minhoca e acaba aterrissando no Planeta dos Macacos
  • Planeta dos Macacos: A Origem (2011):Prequela de O Confronto, A Origem mostra como César (Andy Serkis), um chimpanzé superinteligente, fruto de experimentos médicos em sua mãe, lidera uma revolta de macacos enquanto um vírus mortal para humanos infecta sua primeira vítima
  • O vilão Koba (Toby Kebbell) convence os macacos a atacarem os humanos
  • Crente nos valores de sua raça, César tenta evitar o choque entre as civilizações

Planeta dos Macacos: O Confronto, que estreia nos cinemas do país nesta quinta-feira, faz por merecer a liderança que conquistou nas bilheterias americanas nas últimas semanas. Com efeitos visuais deslumbrantes e "máscaras digitais" convincentes, cenas de batalha bem montadas e alguns clichês eficientes em suas sequências de ação, o longa cumpre seu papel de blockbuster ao longo de suas mais de duas horas de duração (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

SLIDESHOW: Relembre outras adaptações de O Planeta dos Macacos para o cinema

No entanto, falta a esta sequência, assinada pelo diretor Matt Reeves (de Cloverfield), momentos mais sublimes, como os que marcam o seu antecessor, A Origem, de Rupert Wyatt – sejam as cenas do ainda jovem César com um de seus donos em estágio avançado de Alzheimer ao primeiros gritos de "não", presentes no início da revolução dos macacos sob sua liderança.

O Confronto levanta questões profundas sobre conflitos entre raças, manipulação, medo da diferença, irracionalidade armada e território ao colocar em contato o que restou da civilização humana em busca da sobrevivência e a recém-criada sociedade de macacos.

A narrativa dá sequência aos fatos prenunciados por A Origem, que mostra o início de uma epidemia mundial de um vírus símio letal para humanos enquanto macacos superinteligentes, liderados por César (Andy Serkis), fogem para uma floresta em São Francisco.

Tensão

Na ausência da civilização humana, exterminada pela gripe símia e por guerras civis que se seguiram à proliferação da doença, os macacos evoluem e constróem uma sociedade pacífica e organizada – pelo menos até o primeiro contato com humanos, que inaugura uma tensão que permeia todo o filme.

O encontro acontece quando uma expedição de humanos cruza o território dos macacos ao procurar uma antiga usina hidrelétrica – que pretendem reativar para alimentar seus meios de comunicação e entrar em contato com outros sobreviventes.

Crédulo dos valores de sua raça, César tenta evitar o choque entre as civilizações – esforço que é compartilhado por Malcolm (Jason Clarke), um dos membros da expedição. Mas os dois heróis não conseguem conter a tensão entre as duas raças, que se sentem mutuamente ameaçadas.

O principal vilão da história acaba sendo um macaco, Koba (Toby Kebbell), que, ao descobrir o enorme poderio militar da comunidade de centenas de humanos que resiste em São Francisco, trai César e consegue convencer sua raça a atacá-los.

Este processo expõe as principais fraquezas do filme, ao colocar toda a responsabilidade do conflito sobre um vilão caricato, que incendeia as tensões com muita facilidade. Koba protagoniza tanto uma das melhores cenas – quando engana humanos com estripulias de macaco de circo – quanto as piores, quando, a cavalo, surge saltando em meio às chamas em um combate noturno.

Os personagens humanos também se mostram manipuláveis e dependentes, e mesmo a seus protagonistas falta a complexidade de seus correspondentes mais "peludos".

Assim, cabe a César as descobertas. Primeiro, que os macacos, responsáveis pelo início da guerra, são mais parecidos com humanos do que ele imaginava. Depois, que estes mesmos humanos jamais perdoarão o primeiro ataque e que a guerra nunca vai acabar.

Este é o sabor pessimista que O Planeta dos Macacos: O Confronto deixa no ar, em meio a imagens de encher os olhos. GGG 1/2

Relembre outras adaptações de O Planeta dos Macacos

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