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O ator foi homenageado em janeiro do ano passado no Screen Actors Guild Awards, prêmio anual promovido pelo sindicato americano de atores | Mario Anzuoni/Reuters
O ator foi homenageado em janeiro do ano passado no Screen Actors Guild Awards, prêmio anual promovido pelo sindicato americano de atores| Foto: Mario Anzuoni/Reuters

Obra

Saiba mais sobre a trajetória do ator norte-americano Ernest Borgnine:

• 1917 – O ator nasceu em 24 de janeiro, em Hamden, Connecticut (EUA). Depois de terminar o colégio, aos 18 anos, juntou-se ao Exército norte-americano, onde permaneceu até 1945 – foi veterano da Marinha dos EUA.

• 1949 – Estreou na Broadway, no papel de um enfermeiro, no espetáculo Harvey. Dois anos depois, em 1951, mudou-se para Los Angeles para engatar uma carreira no cinema. Seu primeiro filme foi The Wistle at Eaton Falls. No entanto, o grande papel em Hollywood que abriu caminhos no cinema aconteceu em 1953, como o sargento Fatso em A Um Passo da Eternindade, do diretor Fred Zinnemann.

• 1955 – Ganhou o Oscar de melhor ator, em disputa com Frank Sinatra, James Dean e James Cagney por sua interpretação no longa Marty.

• 1962 – Integrou o elenco da série de tevê McHale’s Navy até 1965.

• 1972-2002 – Borgnine participou da parada anual do Grande Circo, em Milwaukee, como "grande palhaço."

• 8 de julho de 2012 – Morreu em Los Angeles (EUA), em decorrência de falência renal. Deixou quatro filhos e a mulher, Tova.

  • O ator em foto publicitária: 60 anos de atuação no cinema e na televisão

A trajetória do ator norte-amerciano Ernest Borgnine – que morreu aos 95 anos no último domingo, por conta de uma insuficiência renal – pode soar irônica: conhecido por assumir papéis de vilão no cinema, foi como o protagonista boa-praça e solitário Marty, no filme homônimo dirigido por Delbert Mann e lançado em 1955, que ele ganhou o único Oscar de sua carreira. E com disputa acirrada. Concorreu com Frank Sinatra, James Dean e James Cagney.

Segundo seu porta-voz, Harry Flyn, Borgnine foi internado na quinta-feira passada, após ir ao hospital para fazer um check-up. O ator morreu no centro médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, ao lado de sua mulher (a quinta esposa), Tova Traesnaes, com quem se casou em 1973, e dos três filhos. Também deixou seis netos.

O último papel interpretado por ele foi o de um paciente de um asilo que vira celebridade entre os empregados e outros idosos, no filme The Man Who Shook the Hand of Vicente Fernandez (O Homem Que Apertou a Mão de Vicente Fernandez, em tradução livre), ainda não lançado. Por essa atuação, Borgnine foi premiado no Festival de Cinema de Newport Beach, onde o filme foi exibido em pré-estreia no mês de abril, disse Flynn.

Embora tenha estreado sua carreira de ator em 1949, na Broadway, no papel de um enfermeiro no espetáculo Harvey, Ernest Borgnine começou a chamar atenção no cinema em papéis de vilões, como o sargento Fatso Judson, em A Um Passo da Eternidade (1953), considerada a sua primeira atuação memorável. Apesar do personagem mais sensível que lhe rendeu o Oscar (e também um Bafta e um Globo de Ouro), produtores continuaram a chamá-lo para filmes de ação, como Os Doze Condenados (1967) e Meu Ódio Será Sua Herança (1969).

O ator tinha uma visão particular sobre métodos de interpretação. "Nada de [usar o método do russo Constantin] Stanislavski. Eu não traço as histórias de vida das pessoas que interpreto. Se o fizesse, estaria em apuros. Trabalho com o coração e com a cabeça, e as emoções fluem naturalmente", declarou em entrevista, há 40 anos, ao jornal The New York Times.

Televisão

Entre 1962 e 1966, Borgnine alcançou fama maior – sobretudo nos Estados Unidos – ao protagonizar a comédia de televisão McHale’s Navy, onde era o comandante de um torpedeiro da Segunda Guerra Mundial. Teve participação em outros seriados, como Agente 86, Magnum e Plantão Médico. Em seus 60 anos de carreira, nunca parou de atuar. Um de seus últimos trabalhos foi no desenho infantil Bob Esponja, em que fazia a voz do personagem Homem Sereia, e de um porteiro na série de tevê The Single Guy.

Ao contrário da maioria de seus colegas atores que começaram nos palcos, Borgnine afirmou que não tinha nenhum desejo de voltar ao teatro. "Uma vez que você cria um personagem para o palco, você começa a se tornar uma máquina", afirmou ao jornal The Washington Post, em 1969. "Nos filmes, você está sempre criando algo novo."

Em outra entrevista, à agência AFP, em 2007, Borgnine deu uma recomendação aos jovens aspirantes a ator. "Consigam um trabalho de verdade antes de tentar seguir uma carreira na atuação. Aprendam sobre a vida e em seguida, sobre seu ofício. E não usem óculos escuros na tela para que pareçam ‘cool’. Os olhos são o melhor recurso de um ator."

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