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Cinema

O brilho eterno do direito à segunda chance

Hollywood adora histórias que envolvam a idéia de uma segunda chance, da redenção. Ainda mais se o enredo envolver alguns toques sobrenaturais. Exemplos é que não faltam, de A Felcidade Não se Compra, clássico de Frank Capra, a Ghost – Do Outro Lado da Vida, de Jerry Zucker. A mais recente investida do cinema norte-americano nesse filão é a comédia romântica E Se Fosse Verdade, que estréia hoje em circuito nacional.

Reese Witherspoon – cotada para o Oscar 2006 por sua elogiada atuação como a cantora June Carter em Johnny e June – vive o papel de Elizabeth, uma médica ambiciosa e obstinada. Depois de uma estressante jornada de trabalho num hospital de cidade de São Francisco, a personagem sofre um acidente automobilístico gravíssimo, para ressurgir, algumas cenas mais tarde, sob a forma de espírito.

O que Elizabeth desconhece é que meses se passaram desde o desastre e, nesse meio tempo, seu antigo apartamento foi sublocado para um sujeito atrapalhado (Mark Ruffalo, de Conta Comigo), porém charmoso, e apenas ele é capaz de vê-la. O desenlace desse encontro insólito não é difícil de prever.

Dirigido com sutileza por Mark Waters (do divertido Meninas Malvadas), E Se Fosse Verdade está longe de ser uma obra-prima. O filme, baseado no best seller espiritualista homônimo do francês Marc Levy, consegue, entretanto, tirar o máximo de proveito do talento cômico e do carisma de Ruffalo e Witherspoon, apontada por muitos como uma possível sucessora de Julia Roberts na preferência do público norte-americano.

Cenas banais, além de inverossímeis, ganham graça e até alguma transcendência por conta das atuações do casal principal, mas também encontram uma certa mágica nas participações de coadjuvantes, como Donal Logue, no papel do terapista e amigo do protagonista, ou Jon Heder (do cult, Napoleon Dynamite, ainda inédito no Brasil), hilário como um improvável conselheiro espiritual do personagem central. GGG

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