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Espetáculo La Verità, da companhia Finzi Pasca: acrobacias, humor e drama | Viviana Cangialosi/Divulgação
Espetáculo La Verità, da companhia Finzi Pasca: acrobacias, humor e drama| Foto: Viviana Cangialosi/Divulgação

Teatro

Veja a programação deste e outros espetáculos no Guia Gazeta do Povo.

A vontade de produzir um espetáculo voltado para a linguagem do circo somada a uma gigante tela de 15 metros da obra "Tristão e Isolda", do pintor Salvador Dalí, dão o tom ao espetáculo La Verità, da companhia suíça Finzi Pasca, que estreia turnê em Curitiba a partir de amanhã, no Guairão (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo). A obra que compõe o cenário, criada nos anos 1940 pelo pintor espanhol justamente para compor um palco (o do Metropolitan Opera, em Nova York), é original, e ficou desaparecida por seis décadas, até 2010.

Encontrada por uma fundação de arte europeia, a companhia suíça foi procurada para usar a obra de arte no espetáculo, que mistura números circenses, teatro e momentos de clown. "É algo que criou uma expectativa linda e legal para o espetáculo", diz o diretor Daniele Finzi Pasca, que acumula no currículo produções grandiosas e de fôlego.

Pasca dirigiu o espetáculo Corteo, do Cirque du Soleil, e foi responsável por projetos como Donka – Uma Carta a Chekhov, que celebrou o 150.º aniversário de nascimento do escritor russo. Além disso, comandou a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno em Turim, na Itália, em 2006. No ano que vem, vai dirigir, na Rússia, duas cerimônias dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Apesar de Dalí permear La Verità, o espetáculo não é dedicado exclusivamente ao pintor – há algumas menções sobre um suposto leilão da tela pelos palhaços (um deles, a brasileira Beatriz Sayad, atriz e diretora de espetáculos como Estamira – Beira do Mundo). "Não é um trabalho que fala sobre o Dalí. O que acontece é a força de comunicação da pintura, ela chega como um perfume que impregna todo o espetáculo, é como se [a tela] fosse um ator a mais", define Pasca. A formação múltipla dos atores é outro ponto a ser observado (transitam entre a acrobacia ao mesmo tempo em que têm bagagem teatral). Segundo Pasca, essa é uma característica da companhia, formada em 1991, quando se chamava Teatro Sunil. "São artistas polivalentes, você não consegue definir se são atores, acrobatas, clowns ou bailarinas."

História

Diferente de Donka, La Verità não apresenta ao espectador uma história fechada e prioriza o circo – traz acrobacias, dança e música, além dos palhaços, que têm um papel fundamental no espetáculo: são eles que fazem as transições de cena. Característica marcante no trabalho de Pasca, há vários momentos de ruptura entre o leve, o engraçado, e o dramático. "Não é uma escolha, mas sim uma forma de interpretar a vida. Uma hora você está chorando, logo em seguida, surge uma situação maravilhosa, em que a alma se expande", frisa o diretor. A temporada em Curitiba vai até o dia 23 de junho.

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