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Cadeira “Dinamarquesa”, do designer Jorge Zalszupin | Divulgação
Cadeira “Dinamarquesa”, do designer Jorge Zalszupin| Foto: Divulgação

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O designer polonês radicado no Brasil Jorge Zalszupin veio ao país para fugir das consequências da Segunda Guerra Mundial. Formado em arquitetura na Romênia, chegou no fim década de 1940 em um feriado de Carnaval, no Rio de Janeiro. Se encantou com a alegria que viu, e decidiu ficar. Trouxe na bagagem uma mala de perfumes para vender – mas a empreitada não rendeu. Até ser convidado por um arquiteto paulista para trabalhar e se tornar um dos maiores nomes do design modernista no país. Uma mostra em sua homenagem – e que comemora seus 90 anos – Jorge Zalszupin: Arquitetura, Design e Reedição será inaugurada hoje, às 20 horas, no Museu Oscar Niemeyer (Veja o serviço completo da exposição no Guia Gazeta do Povo). Antes da mostra, ele participa de um bate-papo com o público.

"Como toda a geração dos anos 1960, ele concluiu que não existiam móveis para rechear as casas modernistas", diz a curadora Consuelo Cornelsen. Logo na entrada da exposição, o visitante pode assistir ao documentário dirigido por Carlos Deiró que conta a vida do designer, além de ver 44 peças de tiragem única mais 13 reedições, entre poltronas, escrivaninhas e banquetas selecionadas pela curadora. A pesquisa para garimpar determinados itens, segundo ela, foi árdua. "Encontramos uma casa que tinha o projeto arquitetônico e os móveis feitos por ele, que se emocionou quando viu algumas peças." No final, uma maquete eletrônica mostra 19 obras de arquitetura de Zalszupin.

Ecológico

De acordo com a curadora, o polonês foi um dos precursores na área do design a se preo­­cupar com o reaproveitamento de materiais. "Ele inventou o estaqueamento, que nada mais é do que juntar pedaços de madeira que seriam descartados. E isso é genial." Consuelo ressalta também o valor dos móveis de Zalszupin no mercado estrangeiro. "Uma peça dele foi arrematada por 70 mil euros. Hoje o mobiliário brasileiro é disputado no mundo." Sem desenhar desde 2008, a curadora conta que o artista "rejuvenesceu" com a exposição. "Ele até quer desenhar de novo, deu uma nova energia. Esse papel dos museus também é importante, homenagear pessoas enquanto estão vivas."

Serviço:

Jorge Zalszupin: Arquitetura, Design e Reedição. Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999), (41) 3350-4400. Hoje, às 20 horas. Bate-papo com o artista e convidados, às 19 horas, na sala 6. Entrada gratuita na inauguração. 3ª a dom. das 10h às 18h. R$ 4 e R$ 2 (meia-entrada). Até 24 de junho.

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