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Surpreendendo os próprios produtores, o felino gorducho criado por Jim Davis emplaca mais uma aventura nos cinemas. Garfield 2, fique bem claro, pode ser traumatizante para os fãs das tirinhas do felino que odeia segundas-feiras.

Na tela grande, apesar da alta tecnologia, a animação por computador não chega nem perto de traduzir para a tela grande o humor sarcástico do personagem, que completa 28 anos no dia 19. O primeiro filme, lançado em 2004, arrecadou cerca de US$ 200 milhões no munto todo, mas deixou os fãs das HQs para lá de decepcionados. A mistura de figuras reais e computadorizadas, infelizmente, não colou.

O segundo, acreditem, é ainda pior. O longa-metragem é demasiadamente "infantilóide" e destoa das HQs. É uma espécie de Babe – O Porquinho Atrapalhado, com animais falantes por todos os lados e um roteiro fraquíssimo.

No Reino Unido, Garfield é confundido com um nobre gato, Prince, herdeiro de uma grande fortuna. Em meio a tantas regalias num espetacular castelo, ele esquece por alguns instantes de Jon (Breckin Meyer), mas terá muito trabalho para se livrar de Lorde Dargis (Billy Connolly), que herdará tudo após a morte do felino real.

A trama não decola. Em pouco mais de 90 minutos de duração, a produção, dirigida por Tim Hill, arranca bocejos do público. Falta ritmo e criatividade. O Jon de Breckin é burocrático, Garfield soa pouco natural nas seqüências e o Odie real não permite a mesma magia das tiras. Outro ponto negativo fica por conta da ausência do Fenômeno Ronaldo no filme. De acordo com informações divulgadas em toda imprensa no ano passado, o jogador brasileiro apareceria no filme ao lado do gato. A dobradinha ficou só na especulação. Um pena, já que em tempos de Copa do Mundo poderia ser uma chamariz e tanto para um filme sem maiores atrativos.

HQ

Publicado em mais de 2,5 mil jornais no mundo todo, Garfield tem características bem humanas. Talvez aí esteja o segredo do sucesso do gato entre crianças e adultos.

A boa aceitação das historinhas rendeu um registro no Guiness: que reconheceu Garfield, em 2002, como a tirinha mais publicada no mundo. Ponto para Jim Davis que pensou, inicialmente, em ter como protagonista Jon. Só que o felino tinha muitomais personalidade e roubou a cena.

Ao lado de seu ursinho de pelúcia e em meio às maldades armadas contra o cão Odie, Garfield resume tudo aquilo que gostaríamos de ser e fazer sem culpas. "Acho que o Garfield alivia a nossa culpa por sermos preguiçosos", completa Jim Davis. G1/2

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