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Na nova animação, protagonsita perde a ingenuidade e lida com questões maduras, como morte, vingança e abandono | Divulgação
Na nova animação, protagonsita perde a ingenuidade e lida com questões maduras, como morte, vingança e abandono| Foto: Divulgação

Em pouco mais de dez anos de existência, o estúdio Dreamworks criou uma marca sólida no campo da animação. Suas produções fazem concorrência direta com os mais de oitenta anos de tradição dos filmes da Disney. O barulho da crítica e do público em torno de obras como Shrek, Como Treinar Seu Dragão e Megamente, entre outros, é uma prova disso. Kung Fu Panda 2 (confira trailer, fotos e horários das sessões; atenção à data de validade da progrmação em cinza) é o mais novo exemplar do estúdio e estreia hoje nos cinemas paranaenses.

A sequência do sucesso de 2008, assim como as produções citadas acima, repete as velhas fórmulas da jornada do herói – que se coloca numa posição inesperada, precisa se superar e vencer o oponente. O que muda é o protagonista (e a ambientação). Ao invés de um ogro politicamente incorreto ou um supervilão, Kung Fu Panda é focado em um urso panda infantil, Po.

O personagem vive em uma China medieval povoada por animais e é a personificação de uma criança desajeitada e acima do peso, mas que não perde a oportunidade de se divertir. Ao invés de crescer e enfrentar os desafios com seriedade, Po prefere fazer piada diante de um perigoso oponente. No primeiro filme, não há descoberta e superação. Há o acaso, que o faz vencer.

Essa é uma característica que, infelizmente, é deixada de lado em Kung Fu Panda 2. Na trama, Po conquistou a fama e a glória de ser o Dragão Guerreiro. Ao lado de outros lutadores, ele passa o dia lidando com os fãs, comendo e treinando. O problema é que seu passado está vinculado ao de um poderoso oponente, um pavão que foi o responsável por acabar com os pandas na China.

Quando o vilão surge, a narrativa e o personagem amadurecem. Po precisa lidar com temas como a morte, a vingança e o abandono. Seu desafio é impedir que o inimigo use uma arma de fogo para conquistar poder e, no meio do caminho, acabar com todos os seguidores das doutrinas do kung fu. Mas lidar com questões maduras em sua jornada fez o personagem perder as características infantis que o tornavam tão peculiar em Kung Fu Panda. O protagonista acaba ficando mais próximo de outros heróis das animações da Dreamworks.

Isso não quer dizer que a se­quên­­­cia comandada pela diretora Jennifer Yuh seja ruim. Muito pelo contrário, é uma produção divertida e, em alguns momentos, emocionante. O 3D funciona muito bem, provando mais uma vez que as animações são mais propícias para esse tipo de tecnologia. Uma pena que um dos momentos mais divertidos do primeiro filme perca sentido na sequência. Afinal, em Kung Fu Panda 2, descobrimos por que o urso é adotado por um ganso que faz macarrões.

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