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O ótimo Maxime Godart é Nicolau | Divulgação
O ótimo Maxime Godart é Nicolau| Foto: Divulgação

Há um aspecto sensacional em O Pequeno Nicolau, filme de Laurent Tirard, baseado no célebre personagem criado por René Goscinny e Sempé. Ao levar pela primeira vez ao cinema as aventuras do garotinho – que está para a literatura infanto-juvenil francesa assim como Pedrinho, do Sítio do Picapau Amarelo, está para a nossa –, a adaptação consegue se comunicar muito bem com crianças e adultos de qualquer país.

Exibido na sexta-feira passada ao ar livre na favela carioca do Vidigal, para integrantes da comunidade, o filme atravessara fronteiras culturais e sociais: meninos, meninas e marmanjos riram e pareceram ter sido tocados pelo ótimo longa-metragem de Tirard, em cartaz hoje, às 14h30, no último dia do Festival Varilux, no Unibanco Crystal. Não faltaram aplausos espontâneos ao fim da projeção.

Grande parte da empatia gerada por O Pequeno Nicolau vem do excepcional elenco infantil, sobretudo do encantador garoto Maxime Godart, que vive o protagonista. Na sequência inicial do longa-metragem, Nicolau não sabe o que quer da vida. No desfecho, depois de uma série de aventuras e trapalhadas hilariantes, descobre que quer fazer as pessoas rirem. E acaba levando o público às lágrimas. De emoção verdadeira.

O filme fez mais de 5 mi­­lhões de espectadores na França. Não é de espantar. Tudo nele funciona, do roteiro, muito bem amarrado, à impecável direção de arte, que reproduz com fidelidade a França idealizada dos anos 50, 60. A opção por não atualizar a trama foi muito acertada. Um sentimento de nostalgia, de ingenuidade perdida, permeia todo o filme, que, tomara, também fará sucesso no Brasil quando for lançado. É imperdível. GGGG

Serviço: O Pequeno Nicolau. França, 2009. Direção de Laurent Tirard. Unibanco Crystal, às 14h30. Classificação indicativa: livre.

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