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Em maio de 2008, a secretaria da cultura do Rio de Janeiro promoverá, no Museu Nacional de Belas Artes, a exposição Nicolas-Antoine Taunay no Brasil: Uma Leitura nos Trópicos, com 60 telas, pintadas em sua maior parte no Brasil, entre 1816 a 1821, período em que o artista fez parte de uma missão francesa. Também integrava esse grupo de artistas Jean-Baptiste Debret, o mais conhecido do ciclo. A Pinacoteca de São Paulo receberá a mostra em agosto.

Até certo ponto relegado a um segundo plano pela historiografia brasileira, Nicolas-Antoine Taunay era o pintor predileto da mulher de Napoleão Bonaparte, Josephine. Com a queda do imperador, em 1815, Taunay e sua esposa Marie Josephine Rondel, vieram para o Brasil, com seus cinco filhos. Sua missão: retratar a colônia portuguesa dos trópicos.

Na exposição, um grande número de quadros de Taunay será apresentado pela primeira vez no Rio de Janeiro, muitos deles cedidos pelo Museu do Palácio de Queluz, em Portugal. Simultaneamente à abertura da mostra, será lançado um catálogo assinado pela antropóloga e historiadora Lília Moritz Schwarcz. Segundo ela, Taunay foi ofuscado pela figura de Debret, que se tornou uma espécie de artista oficial, responsável pelas pinturas mais significativas que enfocam o período.

O trabalho de Taunay é mais conhecido pelas paisagens e por representações da nobreza. Segundo Lilia, o artista teria encontrado grande dificuldade em representar a escravidão, que, quando aparecia em seus quadros, surgia acanhada, diminuta.

Ao chegar ao Brasil, Taunay tornou-se pintor pensionista do Reino. Integra o grupo de fundadores da Academia Imperial de Belas Artes (Aiba), e em 1820 é nomeado professor da cadeira de pintura de paisagem. No ano seguinte, após desentendimentos surgidos pela nomeação do pintor português Henrique José da Silva para a direção da Aiba, retorna à França.

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