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Dominguinhos criou vínculos profissionais e afetivos com muitos artistas e produtores locais | Alan Morici/ FolhaPress
Dominguinhos criou vínculos profissionais e afetivos com muitos artistas e produtores locais| Foto: Alan Morici/ FolhaPress

O músico Dominguinhos, falecido na última terça-feira, aos 72 anos, em São Paulo, em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas, tinha uma relação próxima com Curitiba.

O sanfoneiro pernambucano se apresentou inúmeras vezes na cidade e acabou criando vínculos profissionais e afetivos com muitos artistas e produtores locais.

O principal deles com Maérlio Barbosa, o Ceará, que durante quase 30 anos esteve à frente do Forró Calamengau e produziu diversas apresentações do músico por aqui.

"Curitiba entendia a arte dele e entendia a forma de ele ser. Ele sempre ficava muito feliz tocando aqui. O empresário dele até brincava comigo: ‘Ceará leva o Dominguinhos para aí, pois o velho está triste’", relembra.

Ceará conta que o primeiro grande show com a marca Calamengau, ainda na década de 1980, teve Dominguinhos como atração e reuniu um público de aproximadamente 1,5 mil pessoas na Sociedade Universal, no Prado Velho. "Me chamou a atenção no primeiro contato a humildade, embora ele já fosse bastante famoso", conta.

Com a amizade consolidada com Ceará, Dominguinhos tinha um pouso em Curitiba e, às vezes, vinha à cidade mesmo sem ter nenhum concerto marcado.

"Ele aparecia de repente em reuniões de músicos locais, como as rodas de chorinho do Conservatório de MPB", lembra o bandolinista Daniel Migliavacca.

"Dominguinhos era um instrumentista virtuoso e ao mesmo tempo, um cara sossegado, humilde, muito reservado e gente boa", lembra Migliavacca. "Generoso e sem nenhum estrelismo, assim como são os verdadeiros mestres da música", completa.

Grammy

Ontem, durante o velório de Dominguinhos na Assembleia Legislativa de São Paulo, a viúva do artista, Guadalupe Mendonça, recebeu o Grammy Latino de melhor disco regional do Brasil em 2012.

De acordo com o representante do Latin Grammy no Brasil, os organizadores do prêmio esperavam que ele saísse do hospital para fazer a entrega.

Cerca de 250 pessoas – entre familiares, amigos, artistas e fãs – estiveram reunidas no velório. Entre eles músicos como Roberta Miranda, Caju e Castanha, Eraldo Trajano e Oswaldinho do Acordeon. O corpo de Dominguinhos deve se enterrado hoje em Pernambuco.

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