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Garau e João Paulo, dois homens de fé | Acervo da família
Garau e João Paulo, dois homens de fé| Foto: Acervo da família

Trajetória

Mario Garau nasceu em San Gavino Monreale, na Itália, em 1928, e mudou para Curitiba em 1955:

• Formado em música pelo Conservatório Estatal de Cagliari, na Itália.

• Lecionou música no Colégio Sion, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e no Colégio Estadual do Paraná.

• Funda, em 1958, o coral da Universidade Federal do Paraná, do qual foi regente até 1987.

• Funda, também, mais 41 grupos vocais em igrejas e entidades, como o coral da PUCPR, do Colégio Estadual do Paraná e da APP-Sindicato, entre as décadas de 1960 e 1980.

• Em 1980, regeu os corais na missa solene celebrada pelo Papa João Paulo II, no Centro Cívico, em Curitiba.

• Na década de 1980 foi homenageado com o título de Cidadão Honorário de Curitiba.

Tudo era música na vida do maestro Mario Garau. Desde que desembarcou no Brasil, vindo da pequena cidade de San Gavino Monreale (Itália), na década de 1950, e trouxe na mala a tradição do canto coral, Garau só respirou música.

Desde então, até o dia de seu falecimento, no dia 23 de junho, foi responsável pela fundação de 42 corais no país. Entre eles, o da Universidade Federal do Paraná, em 1958, considerado o primeiro coral universitário.

Desde a criação do Coral da UFPR, cerca de 6 mil pessoas já passaram pelo grupo. Garau o regeu até 1987. Ele também fundou o coral da Universidade Católica do Paraná e o do Colégio Estadual do Paraná, nos anos 1970.

Formado em música pelo Conservatório Estatal de Cagliari, na Itália, Garau lecionou no Colégio Sion, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e no Colégio Estadual do Paraná.

Álbum

Todos estes momentos marcantes da vida do maestro estão hoje guardados em um álbum de recortes mantido por sua esposa Salua. Entre eles, as fotos da visita do Papa João Paulo II, a Curitiba, em 1980.

Garau participou da missa solene com a responsabilidade de reunir os mais importantes corais para uma apresentação e organizar os cânticos, em frente ao Palácio Iguaçu, para um público de milhares de pessoas.

"Quando ele [Garau] visitou o Vaticano, anos depois, ficou muito feliz ao ouvir do Papa [João Paulo II] a lembrança desse momento solene", lembra Salua.

Outra passagem que ela recorda "mais vivamente" foi a ovação que a plateia, que lotava o Teatro Municipal de São Paulo, deu a Garau em razão de um ousado arranjo da "Hallelujah" de Handel.

Na comemoração aos 50 anos da fundação do Coral da UFPR, em 2008, o maestro também regeu a mesma peça.

"A grande contribuição de Garau para a música foi implementar o som quadrifônico no coral. O coral deixou de ser estático no palco, pois o som vem de todos os lados", afirma Salua.

Homenagem

Garau recebeu o título de Cidadão Honorário de Curitiba, em uma homenagem entregue em uma festa "apoteótica no Teatro Guaíra, onde houve uma apresentação de um coral de mil vozes, com a participação do público presente, composto por ex-coralistas que lotavam a plateia", recorda Salua.

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