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Epica: temas grandiosos, coro e arranjos orquestrados diretamente influenciados pela música erudita | Fotos: Divulgação
Epica: temas grandiosos, coro e arranjos orquestrados diretamente influenciados pela música erudita| Foto: Fotos: Divulgação

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  • Blackie Lawless, fundador do W.A.S.P. e único integrante original ainda no grupo

Duas gerações bastante distintas do rock internacional se apresentam hoje em Curitiba. De um lado estará o W.A.S.P. (confira o serviço), representante legítimo do metal cru e sujo dos Estados Unidos nos anos 80, e do outro estarão os holandeses do Epica (confira o serviço), sexteto formado em 2002 que carrega a bandeira do "metal sinfônico" – gênero sempre cercado de te­­mas épicos, coro e arranjos or­­questrados, diretamente influenciados pela música erudita.

O veterano Blackie Lawless, fundador do W.A.S.P. e único integrante original no grupo, vem divulgar seu 13.º álbum, Babylon, de 2009, no Moinho Eventos.

"Shock rock"

O Epica está na turnê do seu quarto disco de estúdio, Design Your Universe, também de 2009, e toca no Master Hall.

Além do tempo de estrada, as escolas de música de cada grupo também são diferentes. Orga­­nizando as bandas de rock em uma linha do tempo, o W.A.S.P. fica na segunda geração do "shock rock", gênero típico norte-americano que, além da música, se empenhava em usar o visual para chocar seu público – especialmente as mães dos fãs adolescentes. Entre os artifícios mais comuns estavam muita maquiagem, cabelos repicados, instrumentos de tortura e, invariavelmente, um pouco de sangue falso no palco.

Um dos primeiros a ter sucesso nesta onda foi Alice Cooper – que no início dos 70 teve coragem de montar uma guilhotina e simular sua própria decapitação no palco – e acabou sendo seguido por Twisted Sister, New York Dolls, Mötley Crue e o próprio W.A.S.P.

Uma diferença é que, enquanto seus contemporâneos usavam roupas coloridas e cantavam amenidades típicas dos rockstars em Los Angeles, Blackie Lawless seguiu por um caminho mais agressivo, com visual majoritariamente preto e letras que mesclavam as mesmas amenidades com temas sociais e políticos. O videoclipe mais recente, chamado "Babylon’s Burning", traz a antiga fórmula de associar diferentes governantes à decadência da civilização – imagens de Obama, Putin, Hitler e o iraniano Ahma­­dinejad disputam espaço em cenários incendiados.

Estilos

Musicalmente, Lawless – que está prestes a completar 54 anos – mantém uma fórmula praticamente intacta no decorrer da carreira. Sua escola ainda segue a cartilha do rock clássico de formação enxuta, básica, com estrofes entremeadas por refrões que grudam na cabeça.

Na outra ponta, o Epica extrapola o básico dos instrumentos com a adição de pianos e sintetizadores de cordas nas composições, além das linhas vocais, que são divididas com uma mezzo-soprano. Simone Simons não apenas atua como frontwoman, mas também empresta a sua beleza para ilustrar capas dos discos e DVDs.

A banda foi formada pelo guitarrista Mark Jansen, dissidente do grupo do mesmo gênero After Forever. Oficialmente, ele montou o Epica por divergências musicais com a antiga banda, ao desejar uma sonoridade mais voltada para o rock e menos para a orquestração. Fazem parte da mesma escola "sinfônica" do metal bandas como Nightwish e Within Temptation, ambas com vocais femininos.

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