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O herói John Carter (Taylor Kitsch) é um veterano da Guerra Civil em Marte | Divulgação
O herói John Carter (Taylor Kitsch) é um veterano da Guerra Civil em Marte| Foto: Divulgação

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Não é qualquer história que faz uma empresa como a Disney desembolsar US$ 250 milhões. A megaprodução John Carter – Entre Dois Mundos, que estreia hoje nos cinemas, é baseada em A Princess of Mars, publicado originalmente em 1912 e o primeiro dos onze livros da série Barsoon, escritos pelo norte-americano Edgar Rice Burroughs (também autor de Tarzan, homenageado em vários momentos do filme). Concebida como uma série popular de aventura e fantasia, a adaptação da Disney, assinada por Andrew Stanton (diretor de Procurando Nemo e Wall-E), altera parte do original, mas mantém-se fiel ao tom da obra de Burroughs.

A trama, que se passa no século 19, tem como personagem principal o veterano da Guerra Civil John Carter, interpretado pelo canadense Taylor Kitsch, um humanista sem bandeiras, que acidentalmente é teletransportado de uma mina de ouro na Virgínia para o planeta Marte. Com o súbito poder de saltar enormes distâncias graças à diferença da gravidade, Carter explora o planeta até conhecer a raça dos Tarks – homens verdes de quatro braços e presas no rosto – e presenciar a guerra entre as cidades rivais de Zodanga e He­lium.

As disputas têm como protagonista o tirano Zab Than, que do­­­mina o planeta com uma poderosa arma dada a ele pelos tharns, entidades atemporais que gerenciam o curso da história. Avesso a qualquer tipo de dominação e injustiça, Carter toma a briga também para si, e resolve interferir na política de Marte – chamada pelos nativos de Barsoon – e alterar os planos dos tharns para o planeta.

John Carter – Entre Dois Mundos pode conquistar tanto os fãs da antiga série de Burroughs quanto novas audiências, que não dispensam a boa dose de ação e efeitos especiais impressionantes do filme, disponível também em formato 3D. Entretanto, talvez o maior problema do longa seja a falta de densidade e carisma de seus personagens, extremamente tediosos – apesar do grande elenco – ainda mais se comparados à grande saga de aventura que tem o poder de fazer a imaginação do espectador voar alto. Com um roteiro cheio de pequenas reviravoltas que tiram parte da obviedade do gênero, a obra presta uma grande homenagem à série do escritor americano e diverte como poucos filmes de aventura atuais. Mas talvez só agrade a quem prezar mais por uma boa história do que por bons personagens.

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