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Marino Jr prefere não ser tão engraçado fora de cena como é no palco | Bruno Tetto/Divulgação
Marino Jr prefere não ser tão engraçado fora de cena como é no palco| Foto: Bruno Tetto/Divulgação

Marino Jr vai completar 35 setembros na próxima terça-feira. Estará fora de casa. Esse curitibano teve a sua rotina virada de pernas para o ar. Às terças-feiras, está em cartaz com Macho Não Ganha Flor no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro. Nas quartas e quintas, segue para São Paulo e, ao lado de João Luiz Fiani, sobe ao palco do Teatro Folha na montagem Nem Freud Explica. Ele e Fiani apresentam a mesma peça, nas sextas e sábado, no Glauce Rocha, no Rio.

E a reviravolta na rotina mal começou.

Marino Jr foi contemplado com uma bolsa da Funarte, de R$ 45 mil, e, de janeiro a junho de 2010, vai cursar um programa de pós-gradução em gestão de espetáculo na Universidade SDA Bocconi, em Milão, na Itália.

O ator e diretor de teatro quase não sabe mais o que é ócio. Mas não reclama. A entrevista para a Gazeta do Povo foi realizada, por telefone, em dois tempos. Ele falou do Rio na última terça. Vinte e quatro horas depois, acrescentou algumas informações enquanto caminhava, ao lado de Fiani, pela Avenida Paulista.

Essa movimentação toda não significa que Marino Jr esteja se despedindo de Curitiba. Ao contrário. Ele pretende fortalecer cada vez mais as raízes na cidade onde nasceu, mas esboça, ao lado de Fiani, estratégias para levar as produções feitas na capital paranaense para outras praças.

Máscaras de Teatro

Em 1995, os caminhos de Marino e João Luiz Fiani iriam se encontrar. Nascia, naquele momento, a Cia Máscaras de Teatro. A parceria rendeu muitos frutos: eles já produziram, e encenaram, 99 peças. Agora, em 2010, pelo menos três novas produções serão exibidas em meio aos festejos da parceria bem-sucedida.

Marino Jr. é um faz-tudo da trupe. Além de ensaiar, representar e realizar outras ações diretamente ligadas ao teatro, ele também atua nos bastidores. Graduado em Relações Públicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), é o responsável, por exemplo, pela programação visual, o que inclui fazer cartazes e outros dispositivos utilizados na divulgação dos espetáculos. "A Cia Máscaras de Teatro mostra que, quando alguém está realmente interessado em fazer, tudo acontece", diz, referindo-se à soma de forças entre ele e o Fiani, dono do Teatro Lala Schneider, onde são apresentadas, em Curitiba, as principais montagens do grupo.

Sujeito múltiplo

Marino Jr se define como um tímido. Ele conta que as pessoas que o conhecem devido às comédias que encenou, e encena, no palco do Lala Schneider, até estranham quando encontram com ele no "modo sério", por exemplo, na fila do banco. "Guardo a minha energia e a faceta cômica para o palco, onde me solto mesmo", diz.

Em Macho Não Ganha Flor, ele interpreta dez diferentes personagens, em 11 cenas, a partir de texto original de Dalton Trevisan, o que diz muito sobre a versatilidade do ator.

"Sou do teatro. Não escolhi, foi a profissão que me escolheu", diz o ator que desde os 11 está em cena. Dos primeiros esquetes e montagens na Associação Atlética Banco do Brasil até hoje, não ficou muito tempo sem atuar. Conscientemente, não quis fazer o curso superior de Artes Cênicas, e sim Comunicação Social. "Porque os os atores e diretores são, acima de tudo, comunicadores. No teatro, ou se sabe comunicar, ou não tem jeito", comenta.

Mas ele sabe que a vida, fora do palco, é tão, ou até mais importante do que a carreira artística e, no pouco tempo livre disponível, procura estar com a família. Atualmente, permanece em Curitiba apenas aos domingos, e essas 24 horas são dedicadas à esposa, Thamis, com quem é casado há oito anos, e ao filho Francisco, de 2 anos e 9 meses.

"Nem tudo ao céu, nem tudo à Terra. É preciso tentar manter o equilíbrio e aproveitar todas as ‘ondas’ da vida", finaliza.

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