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MODELO PARA ARMAR -A instalação do paulista Paulo Climachauska, batizada de Modelo para Armar, será exposta no Museu Oscar Niemeyer (MON). A obra foi inspirada no jogo “Pega Varetas” ou “Mikado”, que surgiu na década de 1960 e, até hoje, continua popular. Varetas de cerca de três metros, todas das mesmas cores existentes no jogo e organizadas de maneira vertical, vão cair dentro de um espaço na sala Frida Kahlo durante a solenidade de abertura da 6ª Vento Sul. “Vai fazer um barulho estrondoso”, diz o curador geral Alfons Hug. O título da obra foi emprestado de um romance de Julio Cortazar, que lida com questões de jogo, casualidade e não linearidade | Reprodução/Paulo Climachauska
MODELO PARA ARMAR -A instalação do paulista Paulo Climachauska, batizada de Modelo para Armar, será exposta no Museu Oscar Niemeyer (MON). A obra foi inspirada no jogo “Pega Varetas” ou “Mikado”, que surgiu na década de 1960 e, até hoje, continua popular. Varetas de cerca de três metros, todas das mesmas cores existentes no jogo e organizadas de maneira vertical, vão cair dentro de um espaço na sala Frida Kahlo durante a solenidade de abertura da 6ª Vento Sul. “Vai fazer um barulho estrondoso”, diz o curador geral Alfons Hug. O título da obra foi emprestado de um romance de Julio Cortazar, que lida com questões de jogo, casualidade e não linearidade| Foto: Reprodução/Paulo Climachauska
  • CASA ANDRADE MURICY- O espaço é um dos mais variados da Bienal, por trazer obras contemporâneas de artistas das mais diferentes partes do mundo, incluindo curitibanos como Felipe Scandelari, que traz Eu, Desenhando a Mim Mesmo. No total, são 17 exposições. Uma das mais interessantes é a do peruano Christian Bendayán. Ele mistura registros da cultura popular em uma técnica simples, em obras de óleo sobre tela, que registram a vulgaridade da estética de rua latino-americana, e que fogem totalmente das regras acadêmicas. A obra Orilla (foto), de 2007, integra a exposição e foi cedida para a Bienal pelo próprio artista
  • VÍDEOS NO MON -Uma das salas do museu foi tomada por cerca de dez diferentes vídeos de Berlim, Turquia, Xangai, Nigéria, entre outros lugares. A opção dos curadores foi a de deixar as projeções diretamente nas paredes. Apenas um deles é projetado em uma black box, espécie de caixa que geralmente
  • DESENHOS EM PAREDES -No Museu Alfredo Andersen, além do conjunto de obras do norueguês, que foi um dos artistas mais representativos para o Paraná, é possível ver o trabalho do chinês Zhang Enli, que vive em Xangai. O artista abandona totalmente obras mais tradicionais para realizar pinturas-instalações nas paredes da memorável Casa Andersen. Enli desenhou parcialmente o contorno do seu próprio ateliê, o que gera um contraste com o ambiente de Andersen, totalmente distinto. O artista chinês, aliás, utiliza esta fórmula de maneira recorrente em seus trabalhos, que trazem tanto a atmosfera das pequenas cidades interioranas como o caos das metrópoles
  • UM OUTRO PARAGUAI -Auguste François foi cônsul da França no Paraguai entre 1894 e 1895. Neste período, dividiu seu tempo entre a função diplomática com a fotografia, sua grande paixão. As imagens captadas nesta breve estadia mostram um valioso retrato do Paraguai do final do século 19, já que o fotógrafo também era um curioso investigador da cultura paraguaia.

Os abalos da crise econômica que tomou o mundo em 2008 mal foram solucionados quando, novamente neste ano, um novo colapso parece se aproximar, com países ricos em recessão pedindo ajuda para emergentes. Com a temática "Além da Crise", a 6ª Vento Sul – Bienal de Curitiba, que terá solenidade de abertura hoje e inaugura amanhã para o público, buscou obras de mais de 70 artistas de 35 países que questionam essa nova configuração de mundo.

"As obras unem dois conceitos cruciais, que é a crítica da sociedade e também da arte. Uma mostra não é um boletim de economia, mas, como muitos trabalham conceitos de conflitos e exclusão, o título tem uma certa razão de ser", diz o curador-geral Alfons Hug, que divide a tarefa com Ticio Escobar. Com um orçamento estimado em R$ 4 milhões (via Lei Rouanet, e com patrocínio de grandes empresas), cerca de mil pessoas, incluindo a equipe da Bienal e dos 67 espaços (entre museus, interferências urbanas e locais de cursos e palestras) trabalham no evento.

Para trazer obras dos mais distintos países, Hug conta que o trabalho de pesquisa é intenso: ele encontrou, por exemplo, a obra do colombiano Camilo Restrepo, com fotografias de grandes cachimbos usados para fumar bazuco, mistura de drogas consumida em diversas cidades latino-americanas, em uma pequena galeria de Medellín. "Vi por um acaso. Esse tipo de pesquisa é impossível de se fazer dentro de um escritório." A Vento Sul trará também 19 trabalhos de artistas brasileiros e, no total, cinco continentes estão representados no evento.

Seleção

Entre as diversas opções presentes nos museus, o curador Alfons Hug ajudou a listar alguns destaques da Bienal. Confira cinco dessas escolhas nesta página.

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Serviço:

6ª Vento Sul – Bienal de Curitiba. Abertura hoje para convidados, às 17 horas, no Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999). Confira todos os espaços expositivos no Guia Gazeta do Povo.

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