Nas primeiras duas horas do Armory Show, a mais tradicional feira de arte de Nova York, obras de brasileiros como Mira Schendel, Abraham Palatnik, Artur Lescher, Sérgio Sister e Vik Muniz já foram vendidas.
À venda no estande das galerias Nara Roesler e Bergamin, duas das seis casas brasileiras na feira, as peças valendo entre US$ 30 mil e US$ 300 mil foram arrematadas ainda durante a abertura da Armory para convidados, na tarde de hoje.
No estande da paulistana Baró, obras de US$ 14 mil do artista mexicano Morris, que participou da última Bienal de São Paulo, também haviam sido vendidas. Esse é um momento de transição para o Armory Show. A feira que começou em 1999 passou por um período de decadência, trocou de diretor e agora tenta se restabelecer com a recuperação da economia norte-americana e diante da concorrência acirrada com a franquia nova-iorquina da feira britânica Frieze, que acontece em maio.
"Enquanto a Frieze é mais 'avant-garde', a Armory é mais tradicional", diz Fabíola Ceni, diretora de vendas da Nara Roesler, à Folha. "Com a recuperação da economia aqui, há espaço para duas feiras em Nova York."
Luciana Brito, galerista brasileira que está no comitê de seleção da Armory e tem um dos maiores espaços na feira este ano, não parava um minuto, emendando conversas com curadores e colecionadores.
Seu estande tem obras clássicas de Waldemar Cordeiro, pioneiro do concretismo paulista. Muitas delas estavam na retrospectiva dedicada à obra do artista no Itaú Cultural no ano passado.
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