Obras recuperadas voltarão a ser expostas na Estação Pinacoteca

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As quatro obras que foram recuperadas após serem roubadas da Estação Pinacoteca, na região central da capital paulista, em junho deste ano, voltarão a ser expostas no local a partir desta terça-feira (26).

Os dois quadros de Pablo Picasso, "O pintor e seu modelo" e "Minotauro, bebedor e mulheres", além de "Casal" de Lasar Segall e "Mulheres na janela" de Di Cavalcanti serão reintegradas à exposição "Acervo da Fundação Nemirovsky: o olhar do colecionador", que conta com cerca de cem obras da Fundação José e Paulina Nemirovsky. A mostra seria finalizada neste mês de agosto, mas agora o encerramento foi adiado para o dia 5 de outubro.

A Estação Pinacoteca ainda não sabe se os quadros serão colocados no mesmo lugar onde estavam quando foram roubados. A exposição ficará aberta ao público de terça a domingo, das 10h às 18h. O ingresso custa R$ 4,00 e a entrada é gratuita aos sábados.

Recuperada

A última obra a ser recuperada foi "Minotauro, bebedor e mulheres" (1933), de Picasso, encontrada no dia 15 deste mês. A gravura foi abandonada no km 15 da Rodovia Raposo Tavares, próximo a uma passarela e atrás de um eucalipto. Para conseguir recuperá-la, a polícia contou com a ajuda de uma denúncia anônima. Ninguém foi preso no local. Dos seis suspeitos de terem participado do roubo na Pinacoteca, três já haviam sido detidos. Segundo a polícia, os outros três já foram identificados.

Das peças roubadas, a primeira a ser recuperada foi "O pintor e seu modelo" (1963), também de Picasso. Ela estava escondida no telhado da casa de um dos suspeitos do crime, em um Conjunto Habitacional da Zona Leste de São Paulo.

As outras duas obras foram encontradas no dia 6 deste mês: 'Mulheres na Janela" (1926), do brasileiro Di Cavalcanti, e o guache sobre cartão "O casal" (1919), do pintor naturalizado brasileiro Lasar Segall. Os quadros estavam no 2º andar do prédio da Estação Pinacoteca. Eles têm valor estimado em US$ 560 mil, segundo o secretário Ronaldo Marzagão.

A investigação do caso está com o Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), que prendeu um gerente de padaria, suspeito do crime, quando os policiais recuperaram duas obras no início do mês. Outros dois homens foram identificados nas imagens do circuito interno da Estação Pinacoteca, mas continuariam foragidos.