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O cantor e o bandolinista decidiram se inspirar nos afrossambas de Vinicius de Moraes e Baden Powell | Rafaê Silva/Divulgação
O cantor e o bandolinista decidiram se inspirar nos afrossambas de Vinicius de Moraes e Baden Powell| Foto: Rafaê Silva/Divulgação

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Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda

Teatro Positivo – Grande Auditório (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3283. Dia 11, às 21h15. Os ingressos variam de R$ 51 (meia-entrada) a R$ 216, de acordo com o setor. Assinantes da Gazeta do Povo têm 30% de desconto na compra de até dois bilhetes poe titular. Classificação indicativa: 16 anos.

CD

Bossa Negra

Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda. Universal Music. R$ 29,90. Samba.

O sambista Diogo Nogueira e o bandolinista Hamilton de Holanda apresentam neste sábado, no Teatro Positivo, as canções que registraram juntos no álbum Bossa Negra, lançado em meados de agosto.

Filho de João Nogueira, Diogo uniu sua voz de sambista ainda emergente ao prestigiado bandolim de 10 cordas de Hamilton, um dos principais nomes da música instrumental brasileira hoje – e também um dos interlocutores deste universo com a canção popular.

Reforçado por André Vasconcellos (contrabaixo) e Thiago da Serrinha (percuteria), o encontro produziu canções autorais marcadas por sofisticação harmônica e rítmica, e arranjos que trazem sabores do jazz e do choro também para sambas já conhecidos, como "Mineira" (de João Nogueira e Paulo César Pinheiro) e "Samba de Arerê" (de Arlindo Cruz, Xande de Pilares e Mauro Jr., do grupo Revelação), além de "Salamandra", uma parceria ainda inédita de João Nogueira e Paulo César Pinheiro.

"O projeto é inspirado em afrossambas, mas tem um pouco de tudo", diz Nogueira, em entrevista por e-mail para a Gazeta do Povo. "Decidimos fazer um passeio por diversos períodos e artistas que se destacaram nesses gêneros, apresentando músicas atemporais, desde ‘Risque’, de Ary Barroso, até ‘Desde que o Samba é Samba’, de Caetano Veloso", explica.

Parceria

A ideia do projeto surgiu em 2009, quando o cantor participou de um show de Hamilton em Miami, nos Estados Unidos. "Foi um show que aconteceu sem ensaio, com o repertório escolhido na hora, e o resultado da apresentação foi ótimo. Depois do show, conversando no camarim, a gente viu que essa era uma parceria que tinha que continuar. E aí concordamos que precisava ser algo na linha dos afrossambas de Vinicius e Baden", conta Nogueira.

Além de Vasconcellos e Thiago da Serrinha, o cantor e o bandolinista contaram com parceiros de composição como Marcos Portinari e Arlindo Cruz (em "Brasil de Hoje", composta com a ajuda do aplicativo para celular WhatsApp).

Sempre em diálogo com o baixo de Vasconcellos, Hamilton lança mão de jogos rítmicos e contrapontos bem arquitetados e virtuosísticos para embalar canções como "Tá", música de compasso ímpar feita pelo bandolinista em parceria com Thiago da Serrinha.

O músico frisa que, para ele, trabalhar com canções é ao mesmo tempo divertido e desafiador. "Aprendi música sob a ótica do solista de bandolim, mas sempre ouvi e gostei de tocar e cantar sambas e canções em geral", fala Hamilton, também por e-mail. "Gosto de poesia, então é um desafio muito prazeroso criar um ambiente musical onde se tenha a sensação instigante e exuberante da música instrumental com a precisão e a força das palavras", explica o bandolinista, que define Diogo como um "parceirão".

"Tem sido uma ótima experiência em minha vida fazer esse trabalho. Compor, gravar e fazer shows do Bossa Negra só tem acrescentado coisas boas. Quero tocar mais e compor mais com Diogo. Inclusive já estamos fazendo novas músicas", diz.

A turnê já passou pelo Rio de Janeiro e São Paulo, e faz uma parada em Paraty (RJ) antes de chegar à capital paranaense. "O público pode esperar um show para cima, com músicas incríveis que compomos e selecionamos especialmente para o projeto", promete Nogueira.

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