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Jogando em casa: Blaze saúda o público | Divulgação
Jogando em casa: Blaze saúda o público| Foto: Divulgação

A cada show abarrotado de um figurão do metal em Curitiba, a pergunta se impõe: por que a cidade gosta tanto do gênero? Já ouvi várias teorias. Da psicanálise à sociologia de taberna. A que mais me convence aposta no binômio boa música e nostalgia adolescente. O show de Blaze Bayley, o ex-vocalista do Iron Maiden, na noite da última terça-feira, foi isso: celebração coletiva da música que todos os 1,5 mil caras presentes ouvem desde que aprenderam a mexer sozinhos no toca-discos da família. E foi muito bom, porque o cantor britânico deu ao público o que ele esperava. Duas horas de energia metal.

Um show histórico desde a espertíssima estratégia de divulgação. Passarão os anos e ainda lembraremos da manhã em que Blaze e uma gangue de motociclistas encontraram-se com o governador Beto Richa, e com o prefeito Gustavo Fruet.

Blaze Bayley joga em casa em Curitiba. Não é de se admirar que esteja adquirindo muitos dos nossos costumes e idiossincrasias. Quase um Podolski curitibano.

No palco, foi acompanhado de banda com músicos brasileiros. Pilhados e virtuosos. Dispostos a não errar uma nota sequer. A voz grave de Blaze continua potente. No repertório, alguns números de sua carreira solo e petardos do Iron.

Antes do show, um momento inusitado: a escolha da Miss Metal 2014. O mestre de cerimônias foi o cantor e guitarrista Fábio Elias, da banda Relespública, que pediu à matilha de coiotes no cio, que se acotovelava perto do palco, para votar em cinco beldades que concorriam a piercings e braceletes. A vencedora foi a modelo Shanda Cavich, capaz de parar uma caravana dos Hell’s Angels.

No Final, Blaze brindou o público com "Fear of the Dark", um dos maiores hits do Iron Maiden. Curioso mundo do metal em que um bando de cabeludos bêbados cantam em transe que têm medo do escuro. Quem não é do ramo, jamais vai entender. GGG1/2

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